Por Cristiana Vieira
São Paulo, 09 (AE) - É o fim dos tempos da palmada. Pelo menos é o que promete o tão comentado projeto de lei que coíbe a prática do castigo físico, homenageando os 20 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A medida vem garantir ao menor de idade o direito de ser educado sem o uso de castigos corporais por parte dos pais ou responsáveis. "Quando o adulto bate, não está educando. Interrompe um comportamento errado, porque não conseguiu resolver o problema de outra maneira", explica a educadora Cris Poli, a SuperNanny, do SBT.
Na visão da experiente Cris, educar requer muita paciência e pode ser muito mais saudável e divertido do que se pensa. Para ela, qualquer intensidade da palmada significa agressão. Quando os pais estão estressados e querem resolver um problema rapidamente, apelam para o tapa. A criança que apanha só para de agir porque dói, o que não quer dizer que vai mudar de comportamento. "A educação é um processo consciente, e visa à formação do indivíduo", explica.
Mãe de três filhos e avó de quatro netos, Cris Poli está há quatro anos à frente do programa de TV semanal, onde já atendeu mais de 90 mil famílias. Diz que, nesses anos, encontrou muitos pais desestruturados emocionalmente . Então, os ajuda a organizarem uma rotina, a imporem regras claras e a associá-las ao "cantinho da disciplina" (um lugar para os pequenos ficarem de castigo).