
O namoro é o período em que o rapaz e a moça estabelecem uma aproximação mais afetiva com a pretensão de um compromisso mútuo de companheirismo exclusivo. Começa, geralmente, com uma palavra, uma frase, um gesto, que demonstra a atração de um pelo outro e que vai se expandindo com o passar dos dias. Os encontros vão se sucedendo e a afinidade se desenhando, passando o jovem par a se preferirem aos demais colegas e companheiros, renunciando cada um a seus próprios interesses em favor do seu escolhido(a) e a dedicar-lhe mais tempo do que o usual. Nesses encontros, os jovens vão sentindo o real liame que os prende e passam então a reconhecer no companheiro as qualidades e a desculpar-lhe os defeitos, havendo uma aceitação maior de um pelo outro, a ponto de sentirem a ausência um do outro, mesmo rodeados de outras pessoas. Outras vezes deixam o grupo de amigos para se sentarem isolados em outro local, onde possam desfrutar a mútua companhia sem a presença de terceiros. Nos crentes, essa afeição, esse apego é muitas vezes reforçado ou diluído pela revelação divina, através da oração, em que cada um pergunta ao Senhor se é realmente aquele ou aquela que lhe tem destinado. E a confirmação pode vir, como também pode acontecer um descarte, indo cada um para o seu próprio caminho para fazer nova escolha. Quando o namoro persiste, a afetividade, a aproximação se acimenta e ambos estão já cientes de que aquela escolha é permanente; começam então a faturar seus passos em conjunto. Passam a sentir a necessidade de um respeito maior, de um compromisso mais sincero, de atitudes mais corretas e de um reconhecimento dos deveres recíprocos, para que a união venha a concretizar-se.