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Romanos 10.14...
"... Como pois invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram falar? e como ouvirão, se não há quem pregue?..."

23 de dez. de 2009

1° Tri de 2010

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Feliz Natal Próspero Ano Novo

Com este vídeo faço votos aos amados leitores, de boas festas e de um ano novo cheio de bençãos, fruto da fidelidade de Deus.

21 de dez. de 2009

Augusto Cury, o Super Espermatozóide e os pregadores

Não são poucos os pregadores famosos que bebem das águas do cientista Augusto Cury. Alguns, inclusive, fazem questão de dizer que os livros desse psiquiatra cristão (cristão?) são um fiel retrato do Deus apresentado nas Escrituras. Será? Já citei, em outro artigo, alguns trechos do livro Nunca Desista dos seus Sonhos. Neste, citarei partes da obra Você É Insubstituível, a fim de demonstrar como esse brilhante psiquiatra e autor de best-sellers está equivocado quanto ao seu pensamento a respeito do Criador e suas criaturas, a ponto de, conscientemente ou não, diminuir o Senhor Todo-poderoso, ao supervalorizar o ser humano. “Você foi surpreendente! (...) Somente alguém com uma força descomunal como a sua poderia vencer uma corrida com milhões de concorrentes pisotenado-o, pressionando-o. (...) Você foi um grande sonhador. Sonhou sem ter capacidade de sonhar. Sonhou, através do seu programa genético, com o espetáculo da vida. O que você pensou na corrida? Nada! Você ainda não pensava. (...) Sem sonhos, a vida não tem brilho. (...) Lembre-se de que, comparando o tamanho do espermatozóide com as montanhas que teve que escalar dentro do útero de sua mãe para fecundar o óvulo, você escalou centenas de montes Everest. Nada podia detê-lo. Quando temos um grande sonho, nenhum obstáculo é grande demais para ser superado” (Você É Insubstituível, Sextante, pp.32-43). O que há de errado com o belo palavreado de Augusto Cury? Em primeiro lugar, ele descreve todo o processo de concepção do homem sob a ótica antropocêntrica. Não enfatiza que o fato de um único espermatozóide, dentre milhões, conseguir fecundar o óvulo se deve ao grande Criador, que dá origem à vida e a preserva desde a sua concepção. Veja o que está escrito em Salmos 139.16: “Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe, e no teu livro todas estas coisas foram escritas, as quais iam sendo dia a dia formadas, quando nem ainda uma delas havia”. É exagerada e descabida a ideia de considerar a partícula masculina — o espermatozóide — vencedora por ter atingido o óvulo. Na verdade, a vida humana só tem origem quando as partículas masculina e feminina se encontram. E, antes disso, não há nada que possa ser valorizado em um espermatozóide, a ponto de se comparar a sua chegada ao óvulo com o escalar de centenas de montes Everest! Oh, nada pôde detê-lo. O nosso super-herói venceu! Viva o Esperman, o invencível! Para reforçar a teoria do Super Espermatozóide, Cury afirma: “Você nadou sem barco de apoio, bússola ou outra tecnologia para fecundar o óvulo. E, além disso, tinha de atingir um ponto minúsculo sem ter o mapa do alvo. Imagine sair a nado da Europa até os EUA e atingir um alvo pequeno como um ovo de páscoa. Sua pontaria foi incrível! Você bateu todos os recordes imagináveis de nado livre” (Você É Insubstituível, Sextante, 46). Ora, que me perdoem os fãs desse grande cientista e psiquiatra, mas a ilustração acima é risível. Não há força descomunal nem incrível pontaria algumas em um espermatozóide! Isso é conversa de palestrante de autoajuda. O pior é ter de ouvir pregadores famosos — que não discorrem sobre a Ajuda do Alto (Hb 13.5,6) — dizendo: “Dentre milhões de espermatozóides, apenas um atingiu o óvulo da sua mãe. Diga para o seu irmão: ‘Você é vencedor desde o ventre materno’”, como se isso fosse uma grande verdade da Palavra de Deus! Ao contrário do que assevera Cury e seus fãs, surpreendente é Deus, e não o espermatozóide! Afinal, somente Ele, com o seu grande poder, podia ter feito com que o espermatozóide atingisse o óvulo da nossa mãe! Por isso, o mesmo salmista (Davi) reconheceu a grandeza de Deus, ao criá-lo: “Eu te louvarei, porque de um modo terrível e tão maravilhoso fui formado; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem” (Sl 139.14). Cury também assevera que o Esperman já era um sonhador! E, a partir dessa grande “descoberta”, introduz a sua “fantástica” teoria de que tudo gira em torno dos nossos sonhos. Em outras palavras, o ser humano, a rigor, não precisa de Deus. “A presença dos sonhos transforma os miseráveis em reis, e a ausência dos sonhos transforma milionários em mendigos” (Nunca Desista de seus Sonhos, Sextante, p.12). Mas, como já vimos em outro artigo, entregar o caminho ao Senhor, priorizando a sua vontade, é muito mais importante do que sonhar de olhos abertos (Sl 37.5; Lc 9.23; Rm 12.1,2; Pv 16.1). “Sua mente é insondável, mas talvez nem perceba. (...) Determine ser alegre, seguro, feliz. Dê um choque de lucidez em sua emoção, arquive novas experiências! Seja autor e não vítima de sua história” (Você É Insubstituível, Sextante, pp.57-61). Não é incrível tudo isso que Cury escreveu? Ser feliz é mais fácil do que se imagina. Você não precisa entregar a sua vida ao Senhor Jesus e segui-lo, como diz o antigo mas atual Livro dos Livros. Basta você usar todas as suas potencialidades. Elas estão dentro de você! Ouse sonhar! Determine! Viu de quem alguns pregadores e cantores estão recebendo as suas “inspiradíssimas” mensagens sobre os sonhos de Deus que jamais vão morrer? Diferentemente do apóstolo Paulo, que dizia: “eu recebi do Senhor o que também vos ensinei” (1 Co 11.23), eles podem afirmar, de boca cheia e aparentando muita espiritualidade: “eu recebi do grande psiquiatra, cientista e autor de best-sellers Augusto Cury”. Oh, como são “maravilhosas” as pregações e canções da pós-modernidade! Como elas massageiam o nosso ego! Mas o senhor Cury, que já “analisou” a inteligência de Cristo — que pretensão, hein! —, deveria saber que insondável mesmo é a sabedoria e a ciência de Deus (Rm 11.33). Ademais, somente o Senhor pode determinar. E Ele é quem deve ser o autor da nossa história! Quanto a nós, falíveis e fracos mortais (1 Pe 1.24,25), devemos depender inteiramente dEle (1 Pe 5.6,7), como nos ensina a sua Palavra: “Posso todas as coisas naquele que fortalece” (Fp 4.13). O antropocentrismo desse grande psiquiatra não para por aí. Diz ele, com convicção: “Talvez você esteja ocupado que nem ache tempo para dialogar consigo mesmo. É provável que você cuide de todo mundo, mas tenha se esquecido de você mesmo” (Você É Insubstituível, Sextante, p.79). Viu qual é a diferença entre a autoajuda de Cury e a Ajuda do Alto esposada na Palavra de Deus? A primeira nos estimula a acharmos tempo para nós mesmos. A segunda nos exorta a dedicarmos o melhor do nosso tempo ao Senhor e meditarmos em sua lei de dia e de noite (Sl 1.1-3; 55.17; 119.97; 1 Ts 5.16,17, etc.). Augusto Cury não poderia concluir o seu best-seller Você É Insubstituível sem falar novamente do Super Espermatozóide: “Lembre-se sempre de que no início de sua história você era fragilíssimo e solitário, mas foi um gigante. (...) Você nasceu vencedor. (...) Brilhou tanto, que merecia o Oscar, o Nobel... Mas tudo isso era pequeno para premiá-lo. Então entrou em cena um ser especial, o Autor da existência, Deus, do qual ouvimos muito falar e conhecemos tão pouco. Ele observou sua capacidade de lutar. E, por fim, o premiou com o maior de todos os prêmios: O MILAGRE DA VIDA. (...) Se você não existisse, o universo não seria o mesmo” (Sextante, pp.88-107). Meu Deus! Como podem os pregadores não perceberem o quanto a teoria do Esperman diminui o Senhor e endeusa o ser humano? Ela ignora que Deus é quem dá origem e controla todo o processo da concepção. E ainda afirma que o Criador dá um prêmio para o vencedor, depois de ter percebido que ele — o espermatozóide, nesse caso — teve capacidade de lutar! O pior é que o senhor Cury ainda posa de entendido no estudo sobre Deus, ao dizer: “entrou em cena um ser especial, o Autor da existência, Deus, do qual ouvimos muito falar e conhecemos tão pouco”. Infelizmente, não são apenas os pregadores que estão enveredando pelo caminho da autoajuda, em detrimento da Ajuda do Alto. Há muitas canções “evangélicas” de sucesso pelas quais se afirma que já nascemos para vencer, que já tínhamos cara de vencedores! Repito: isso é conversa de palestrante de autoajuda! À luz da Palavra de Deus, o ser humano nasce pecador, perdido, derrotado (Rm 3.23; Sl 51.5). Nasce para perder, e não para vencer! Ele precisa atender ao chamamento do Senhor Jesus para a salvação (Mt 11.28-30), dirigido a todos os homens (At 17.30,31), a fim de que se torne mais que vencedor, em Cristo (Rm 8.37). Amém?