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"... Como pois invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram falar? e como ouvirão, se não há quem pregue?..."

10 de set. de 2010

PARA EDUCAR, É PRECISO TER PACIÊNCIA


Por Cristiana Vieira

São Paulo, 09 (AE) - É o fim dos tempos da palmada. Pelo menos é o que promete o tão comentado projeto de lei que coíbe a prática do castigo físico, homenageando os 20 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A medida vem garantir ao menor de idade o direito de ser educado sem o uso de castigos corporais por parte dos pais ou responsáveis. "Quando o adulto bate, não está educando. Interrompe um comportamento errado, porque não conseguiu resolver o problema de outra maneira", explica a educadora Cris Poli, a SuperNanny, do SBT.


Na visão da experiente Cris, educar requer muita paciência e pode ser muito mais saudável e divertido do que se pensa. Para ela, qualquer intensidade da palmada significa agressão. Quando os pais estão estressados e querem resolver um problema rapidamente, apelam para o tapa. A criança que apanha só para de agir porque dói, o que não quer dizer que vai mudar de comportamento. "A educação é um processo consciente, e visa à formação do indivíduo", explica.


Mãe de três filhos e avó de quatro netos, Cris Poli está há quatro anos à frente do programa de TV semanal, onde já atendeu mais de 90 mil famílias. Diz que, nesses anos, encontrou muitos pais desestruturados emocionalmente . Então, os ajuda a organizarem uma rotina, a imporem regras claras e a associá-las ao "cantinho da disciplina" (um lugar para os pequenos ficarem de castigo).

Diz que, primeiro, os pais têm de estabelecer uma rotina, discutir o que está errado, mostrar como gostariam que fosse e, finalmente, definir a regra e fazer o filho entender e aceitar aquele acordo. "A criança tem de saber que é uma decisão dela obedecer à regra e que, quando desobedecer, terá consequência, que pode ser ficar de castigo no tapete, na cadeira, no degrau...", ensina. O tempo indicado para o castigo corresponde a um minuto por cada ano de idade, pois a criança não vai raciocinar por mais do que esse tempo. Quando acabar o castigo, é importante que se estabeleça um diálogo com carinho: "você está aqui porque aconteceu isso, mas eu amo você", e o adulto dá um beijo no pequeno.


Em compensação, quando a criança se comporta e obedece, deve haver um reconhecimento pelo esforço. Afinal, obedecer a regras não é fácil nem para o adulto. Também é importante que as normas sejam claras e concretas, para evitar o comportamento aleatório dos pais. Ou seja, evitar que, quando estiverem de bom humor, relaxem o castigo, ou quando estiverem mal humorados, sejam mais severos. Para Cris, o comportamento dos pais é norteado por outro fator: se foram agredidos na infância, vão usar a mesma metodologia com os filhos.

Em relação à lei, a educadora lembra que há outros tipos de violência que não deixam marcas na pele, como a agressão psicológica, que afeta a autoestima e deixa marcas para o resto da vida. Cris escuta muitos pais dizerem que não têm paciência. Mas alerta: "para ser pai ou mãe, tem de ter paciência!"

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