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Romanos 10.14...
"... Como pois invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram falar? e como ouvirão, se não há quem pregue?..."

7 de set. de 2010

7 de setembro e a (in)dependência do Brasil


Não é de hoje que todo mundo sabe que a cena não foi tão linda quanto aquela pintada "às margens do Ipiranga". A gente até ama a nação, mas é um amor meio bandido, meio desconfiado, um tanto cafajeste. Mas, afinal, isso é Brasil: a eterna dança entre o belo e a desconfiança...

O Brasil ainda é dependente. Depende da Globo, por exemplo. A seleção brasileira de futebol é produto exclusivo da Globo. As pesquisas eleitorais seguem os padrões "Globais" do que José Arbex Jr. chama de "Showrnalismo", a notícia como espetáculo, a manipulação da massa - e engana-se muito quem acha que isso é bobagem - nas eleições presidenciais, por exemplo, a mídia insiste numa polarização à lá plebiscito: Dilma x Serra, como se Marina fosse apenas uma nota de rodapé na história (sem falar nos outros candidatos).

O Brasil ainda e dependente da xenomania. Em terras tupiniquins tudo que vem do "estrangeiro" é ótimo! Ainda percebemos aquele êxtase quando alguém apresenta um diploma estrangeiro, uma viagem internacional, um prato francês, um terno italiano, uma pimenta mexicana. Até nas igrejas, canta-se o sensualíssimo tango argentino, e demoniza-se o baião ou o frevo. Isso sem falar nas inúmeras expressões que adoramos utilizar dos outros idomas, capiche?


O Brasil ainda é dependente das fórmulas mágicas. Ainda não sabemos fazer uma leitura crítica sem odiar o escritor. Não sabemos compreender as expressões lidas dentro de seus respectivos contextos, e criamos heresias monstruosas com base em frases isoladas. Não sabemos discordar sem destruir. Ainda dependemos da famosa fórmula: mostre o erro, mas mostre a solução! Ou seja, quero ter a receitinha básica desse analgésico teológico. Por que pensar por si, se o escritor é obrigado a dizer por mim???


O Brasil ainda é dependente da malandragem. O imaginário popular brasileiro ainda convive com o "jeitinho". É a habilitação comprada, o farol vermelho avançado, a "carteirada" para cortar fila ("sabe com quem você está falando?"), o famoso QI (Quem Indica), artifício safado para ganhar vantagens, e a lista é extraordinariamente grande. Ainda dependemos da ginga que dribla a ética.


O Brasil ainda é dependente! É um país onde poucos têm milhões e milhões têm migalhas. Nosso país precisa de uma igreja forte, madura, de caráter. Uma igreja que sinalize a graça e o caminho da verdade. Uma igreja brasileira, firme e compromissada com Cristo.

Um abraço

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