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Romanos 10.14...
"... Como pois invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram falar? e como ouvirão, se não há quem pregue?..."

29 de dez. de 2009

Um Alerta para todos!!!

Muitos têm alertado a respeito do alto custo do aquecimento global para a humanidade. Os jornais e os noticiários de TV estão cheios de previsões tenebrosas sobre o colapso da economia mundial: milhões morrerão ou serão desalojados em virtude de secas, fomes e inundações, enquanto Londres, Nova York e Tóquio, juntamente com outras cidades litorâneas, afundarão nos mares cujo nível subirá. Um relatório também predisse que todos os frutos do mar estarão extintos em cinqüenta anos. Ler mais...

Ano da Profecia 2012?

“Em toda a história, nunca uma data foi tão significativa para tantas culturas e religiões, tantos cientistas e governos. Um cataclisma global ocasiona o fim do mundo”. O dia é 21 de dezembro de 2012, data em que o calendário maia prediz que ocorrerá o final dos tempos, um evento dramatizado no filme “2012”, feito em Hollywood pelo diretor Roland Emmerich e lançado em novembro. Ler mais...

28 de dez. de 2009

MÉDICA SUGERE VETAR AS "PULSEIRAS DO SEXO"

As pulseiras coloridas viraram moda entre as meninas pré-adolescentes pelo apego estético. O significado sexual que elas carregam na Inglaterra, porém, não "pegou" entre as brasileiras. A grande maioria simplesmente desconhece o assunto. No entanto, o recomendado aos pais é não deixar as filhas usarem o adereço. "Tem gente que pode achar que é uma provocação, porque elas carregam originalmente esse apelo sexual. Para que ninguém fique na dúvida, melhor não usar", diz a psicóloga Marina Vasconcellos, que tem especialização em terapia familiar pela Unifesp e é mãe de duas garotas - uma de nove e outra de 11 anos. "Quando elas apareceram em casa com essas pulseirinhas, não vi nada de mais. Mas quando li na imprensa que na Inglaterra, onde foram inventadas, elas servem para designar brincadeiras sexuais, eu as proibi na mesma hora de usarem essas pulseiras". Cada cor representa uma ação que vai desde um inocente beijo no rosto até uma relação sexual completa. Para ter essa "prenda", bastaria, em tese, que o garoto quebrasse a pulseira da menina. "Mas todo mundo sabe que isso não tem nada a ver", diz Ana Carolina Russo, 14 anos, estudante do Primeiro Ano do Ensino Médio. "As pulseiras são até bonitinhas. Eu e minhas amigas até usamos de vez em quando. Mas ninguém vai fazer nada disso do que falam por aí." A doutora Marina concorda com Ana Carolina. "A maioria dessas meninas nem sabe o que essas coisas significam". A pulseira vermelha, por exemplo, dá direito a uma "lap dance" - será que uma menina de 14 anos sabe o que é isso? O ideal, segundo a doutora Marina, "é não apressar a sexualidade da criança". Ela explica: "Se tem 10 anos no máximo, melhor nem falar nada - é pura inocência. Se tem 14, uma boa saída é mostrar as reportagens sobre as pulseiras e deixar com que as próprias meninas se posicionem. Elas vão acabar se assustando e deixando as pulseiras de lado". Por precaução, alguns colégios de São Paulo proibiram o uso das pulseiras. É o caso do Santa Clara, uma escola de freiras na Vila Madalena (Zona Oeste) - coincidentemente, o local em que estudam as filhas da doutora Marina. Fonte: Yahoo NOTA: "Se tem 10 anos no máximo... é pura ´inocência´", como disse a psicóloga Marina Vasconcellos, esta idade é caracterizada pela infantilidade, mesmo. Observe que, até os 14 anos, o adolescente não tem um senso crítico de mundo construído adequadamente, mas a realidade que vemos é bem diferente. Adolescentes de 14 anos são tratados como "adultos" e, muitas vezes, por força das pressões do meio, agem como se fossem, i.e., precocemente. Enquanto a inocência de crianças é destruída por nossa cultura-pop, surgem (para piorar) estas pulseiras sexuais na Inglaterra, febre não apenas lá, não, mas em vários países europeus. Exporta-se isso para o resto do mundo e, é claro, aqui não há a mesma conotação do que lá, mas em muitos lugares há, sim. "Todo" mundo sabe que essas pulseiras têm uma conotação de apelo sexual, na Europa, e para que a moda "pegue", no Brasil, nem é mais uma questão de tempo, mas do fato de o povo brasileiro ser, em sua maioria, muito mais "conservador" do que os secularizados europeus. Há, ainda, uma espécie de tabu sexual no povo brasileiro, em geral, oriundo de sua história de "cristianização" - ainda que muito conturbada. De qualquer forma, esta "cristianização" do povo brasileiro produziu um povo que repudia práticas sexuais que são consideradas antinaturais e, obviamente, a iniciação sexual precoce está entre as mesmas.

ARQUEÓLOGOS ENCONTRAM RESTOS DE CASA, EM ISRAEL, QUE EXISTIU NOS DIAS DE JESUS

Arqueólogos israelenses revelaram nesta segunda-feira (21) que encontraram os restos da primeira residência encontrada na cidade de Nazaré, no norte de Israel, que pode ser da época de Jesus Cristo. De acordo com o jornal israelense "Haaretz", a descoberta fornece mais dados sobre como era a vida na cidade de Nazaré há cerca de 2 mil anos. A casa provavelmente fazia parte de um pequeno vilarejo com cerca de 50 residências habitadas por judeus pobres.Uma porta-voz da Autoridade Israelense para Antiguidades, Yardenna Alexandre, informou que os restos de uma parede, uma cisterna para coleta de água da chuva e um refúgio foram encontrados depois da descoberta do pátio de um antigo convento. Os arqueólogos também encontraram potes de argila, do tipo que era usado pelos moradores da Galileia (norte de Israel) na época, uma indicação de que a casa pertencia a uma família judia simples. "É provável que Jesus e seus amigos de infância tenham conhecido a casa", afirmou a porta-voz em entrevista.

27 de dez. de 2009

Sugestão para Estudo da proxima lição

Pensando já no 1º Trimestre de 2010, trago hoje a indicação de uma obra especial que com certeza o ajudará os professores de Jovens e Adultos. Trata-se do livro do Pr. Hernandes Dias Lopes. Comentários Expositivos Hagnos - 2 Coríntios Em segunda aos coríntios o apóstolo conta suas lutas mais relevantes e suas aflições mais agônicas. Nenhum outro livro do Novo Testamento retrata uma angústia emocional, física, e espiritual com tanta profundidade e amplititude. Paulo escreveu essa carta para falar das suas aflições e da necessidade da igreja perdoar e restaurar o membro incestuoso que tumultuava a congregação e liderava a oposição ao seu ministério em Corinto. Ela está cheia, do começo ao fim, de sofrimento que se transforma em júbilo, fraqueza que se transforma em força e derrota que se transforma em triunfo. Segunda aos coríntios nos dá coragem para vencer o desânimo. Dá-nos incentivo para repartir livremente com os outros e nos lembra que devemos buscar forças em Cristo. A fonte do consolo é esta gloriosa verdade: A minha graça te basta, por que o poder se aperfeiçoa na fraqueza.

23 de dez. de 2009

1° Tri de 2010

O QUE VOCÊ ESPERA PARA ESSE TRIMESTRE? FAÇA SEUS COMENTÁRIOS...

Feliz Natal Próspero Ano Novo

Com este vídeo faço votos aos amados leitores, de boas festas e de um ano novo cheio de bençãos, fruto da fidelidade de Deus.

21 de dez. de 2009

Augusto Cury, o Super Espermatozóide e os pregadores

Não são poucos os pregadores famosos que bebem das águas do cientista Augusto Cury. Alguns, inclusive, fazem questão de dizer que os livros desse psiquiatra cristão (cristão?) são um fiel retrato do Deus apresentado nas Escrituras. Será? Já citei, em outro artigo, alguns trechos do livro Nunca Desista dos seus Sonhos. Neste, citarei partes da obra Você É Insubstituível, a fim de demonstrar como esse brilhante psiquiatra e autor de best-sellers está equivocado quanto ao seu pensamento a respeito do Criador e suas criaturas, a ponto de, conscientemente ou não, diminuir o Senhor Todo-poderoso, ao supervalorizar o ser humano. “Você foi surpreendente! (...) Somente alguém com uma força descomunal como a sua poderia vencer uma corrida com milhões de concorrentes pisotenado-o, pressionando-o. (...) Você foi um grande sonhador. Sonhou sem ter capacidade de sonhar. Sonhou, através do seu programa genético, com o espetáculo da vida. O que você pensou na corrida? Nada! Você ainda não pensava. (...) Sem sonhos, a vida não tem brilho. (...) Lembre-se de que, comparando o tamanho do espermatozóide com as montanhas que teve que escalar dentro do útero de sua mãe para fecundar o óvulo, você escalou centenas de montes Everest. Nada podia detê-lo. Quando temos um grande sonho, nenhum obstáculo é grande demais para ser superado” (Você É Insubstituível, Sextante, pp.32-43). O que há de errado com o belo palavreado de Augusto Cury? Em primeiro lugar, ele descreve todo o processo de concepção do homem sob a ótica antropocêntrica. Não enfatiza que o fato de um único espermatozóide, dentre milhões, conseguir fecundar o óvulo se deve ao grande Criador, que dá origem à vida e a preserva desde a sua concepção. Veja o que está escrito em Salmos 139.16: “Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe, e no teu livro todas estas coisas foram escritas, as quais iam sendo dia a dia formadas, quando nem ainda uma delas havia”. É exagerada e descabida a ideia de considerar a partícula masculina — o espermatozóide — vencedora por ter atingido o óvulo. Na verdade, a vida humana só tem origem quando as partículas masculina e feminina se encontram. E, antes disso, não há nada que possa ser valorizado em um espermatozóide, a ponto de se comparar a sua chegada ao óvulo com o escalar de centenas de montes Everest! Oh, nada pôde detê-lo. O nosso super-herói venceu! Viva o Esperman, o invencível! Para reforçar a teoria do Super Espermatozóide, Cury afirma: “Você nadou sem barco de apoio, bússola ou outra tecnologia para fecundar o óvulo. E, além disso, tinha de atingir um ponto minúsculo sem ter o mapa do alvo. Imagine sair a nado da Europa até os EUA e atingir um alvo pequeno como um ovo de páscoa. Sua pontaria foi incrível! Você bateu todos os recordes imagináveis de nado livre” (Você É Insubstituível, Sextante, 46). Ora, que me perdoem os fãs desse grande cientista e psiquiatra, mas a ilustração acima é risível. Não há força descomunal nem incrível pontaria algumas em um espermatozóide! Isso é conversa de palestrante de autoajuda. O pior é ter de ouvir pregadores famosos — que não discorrem sobre a Ajuda do Alto (Hb 13.5,6) — dizendo: “Dentre milhões de espermatozóides, apenas um atingiu o óvulo da sua mãe. Diga para o seu irmão: ‘Você é vencedor desde o ventre materno’”, como se isso fosse uma grande verdade da Palavra de Deus! Ao contrário do que assevera Cury e seus fãs, surpreendente é Deus, e não o espermatozóide! Afinal, somente Ele, com o seu grande poder, podia ter feito com que o espermatozóide atingisse o óvulo da nossa mãe! Por isso, o mesmo salmista (Davi) reconheceu a grandeza de Deus, ao criá-lo: “Eu te louvarei, porque de um modo terrível e tão maravilhoso fui formado; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem” (Sl 139.14). Cury também assevera que o Esperman já era um sonhador! E, a partir dessa grande “descoberta”, introduz a sua “fantástica” teoria de que tudo gira em torno dos nossos sonhos. Em outras palavras, o ser humano, a rigor, não precisa de Deus. “A presença dos sonhos transforma os miseráveis em reis, e a ausência dos sonhos transforma milionários em mendigos” (Nunca Desista de seus Sonhos, Sextante, p.12). Mas, como já vimos em outro artigo, entregar o caminho ao Senhor, priorizando a sua vontade, é muito mais importante do que sonhar de olhos abertos (Sl 37.5; Lc 9.23; Rm 12.1,2; Pv 16.1). “Sua mente é insondável, mas talvez nem perceba. (...) Determine ser alegre, seguro, feliz. Dê um choque de lucidez em sua emoção, arquive novas experiências! Seja autor e não vítima de sua história” (Você É Insubstituível, Sextante, pp.57-61). Não é incrível tudo isso que Cury escreveu? Ser feliz é mais fácil do que se imagina. Você não precisa entregar a sua vida ao Senhor Jesus e segui-lo, como diz o antigo mas atual Livro dos Livros. Basta você usar todas as suas potencialidades. Elas estão dentro de você! Ouse sonhar! Determine! Viu de quem alguns pregadores e cantores estão recebendo as suas “inspiradíssimas” mensagens sobre os sonhos de Deus que jamais vão morrer? Diferentemente do apóstolo Paulo, que dizia: “eu recebi do Senhor o que também vos ensinei” (1 Co 11.23), eles podem afirmar, de boca cheia e aparentando muita espiritualidade: “eu recebi do grande psiquiatra, cientista e autor de best-sellers Augusto Cury”. Oh, como são “maravilhosas” as pregações e canções da pós-modernidade! Como elas massageiam o nosso ego! Mas o senhor Cury, que já “analisou” a inteligência de Cristo — que pretensão, hein! —, deveria saber que insondável mesmo é a sabedoria e a ciência de Deus (Rm 11.33). Ademais, somente o Senhor pode determinar. E Ele é quem deve ser o autor da nossa história! Quanto a nós, falíveis e fracos mortais (1 Pe 1.24,25), devemos depender inteiramente dEle (1 Pe 5.6,7), como nos ensina a sua Palavra: “Posso todas as coisas naquele que fortalece” (Fp 4.13). O antropocentrismo desse grande psiquiatra não para por aí. Diz ele, com convicção: “Talvez você esteja ocupado que nem ache tempo para dialogar consigo mesmo. É provável que você cuide de todo mundo, mas tenha se esquecido de você mesmo” (Você É Insubstituível, Sextante, p.79). Viu qual é a diferença entre a autoajuda de Cury e a Ajuda do Alto esposada na Palavra de Deus? A primeira nos estimula a acharmos tempo para nós mesmos. A segunda nos exorta a dedicarmos o melhor do nosso tempo ao Senhor e meditarmos em sua lei de dia e de noite (Sl 1.1-3; 55.17; 119.97; 1 Ts 5.16,17, etc.). Augusto Cury não poderia concluir o seu best-seller Você É Insubstituível sem falar novamente do Super Espermatozóide: “Lembre-se sempre de que no início de sua história você era fragilíssimo e solitário, mas foi um gigante. (...) Você nasceu vencedor. (...) Brilhou tanto, que merecia o Oscar, o Nobel... Mas tudo isso era pequeno para premiá-lo. Então entrou em cena um ser especial, o Autor da existência, Deus, do qual ouvimos muito falar e conhecemos tão pouco. Ele observou sua capacidade de lutar. E, por fim, o premiou com o maior de todos os prêmios: O MILAGRE DA VIDA. (...) Se você não existisse, o universo não seria o mesmo” (Sextante, pp.88-107). Meu Deus! Como podem os pregadores não perceberem o quanto a teoria do Esperman diminui o Senhor e endeusa o ser humano? Ela ignora que Deus é quem dá origem e controla todo o processo da concepção. E ainda afirma que o Criador dá um prêmio para o vencedor, depois de ter percebido que ele — o espermatozóide, nesse caso — teve capacidade de lutar! O pior é que o senhor Cury ainda posa de entendido no estudo sobre Deus, ao dizer: “entrou em cena um ser especial, o Autor da existência, Deus, do qual ouvimos muito falar e conhecemos tão pouco”. Infelizmente, não são apenas os pregadores que estão enveredando pelo caminho da autoajuda, em detrimento da Ajuda do Alto. Há muitas canções “evangélicas” de sucesso pelas quais se afirma que já nascemos para vencer, que já tínhamos cara de vencedores! Repito: isso é conversa de palestrante de autoajuda! À luz da Palavra de Deus, o ser humano nasce pecador, perdido, derrotado (Rm 3.23; Sl 51.5). Nasce para perder, e não para vencer! Ele precisa atender ao chamamento do Senhor Jesus para a salvação (Mt 11.28-30), dirigido a todos os homens (At 17.30,31), a fim de que se torne mais que vencedor, em Cristo (Rm 8.37). Amém?

10 de dez. de 2009

Nobel da Paz para Obama?

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, admite que não pode ser comparado com personalidades como Madre Teresa de Calcutá ou Nelson Mandela, que também receberam o Prêmio Nobel da Paz, disse nesta quarta-feira o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs. "O presidente compreende e sabe que não está no mesmo nível do ex-presidente sul-africano ou da fundadora da Ordem das Missionárias da Caridade na Índia, a Madre Teresa", explicou. Gibbs respondeu dessa forma às críticas pelo fato de que Obama receberá o prêmio poucos dias após ter anunciado o envio de mais 30 mil soldados americanos ao Afeganistão, que se somarão aos 60 mil militares que lá estão. Por sua vez, o conselheiro-adjunto de Segurança Nacional da Casa Branca e redator dos discursos de Obama, Ben Rhodes, afirmou que o presidente americano sente que a concessão do Nobel "representa uma responsabilidade". Segundo Rhodes, Obama explicará em seu discurso pelo recebimento do prêmio sua percepção de como os EUA devem liderar o mundo e dirá que todos os países devem contribuir, ainda que de forma simples, para a promoção da paz. A chegada do presidente americano a Oslo (Noruega), onde receberá o prêmio, está prevista para as 5h45 (horário de Brasília) desta quinta-feira.

6 de dez. de 2009

Vacina contra a Peste da Teologia da Prosperidade

Ontem pela madrugada, o programa que ridicularizou e tem ridicularizado os assembleianos (e crentes de outras denominações) deste Brasil afora, foi ao ar novamente.
Como ato de repúdio e indignado com o silêncio "oficial", publico o texto abaixo, que servirá de vacina contra esta peste chamada de Teologia da Prosperidade e da Vitória Financeira.

Ascensão Pentecostal da Teologia da Prosperidade

1. Antecedentes Históricos da Teologia da Prosperidade

A Teologia ou Evangelho da Prosperidade (ou ainda da Vitória Financeira) tem suas origens nos Estados Unidos, onde por volta dos anos 30 e 40, através dos ensinos de Essek William Kenyon (1867-1948), pastor de várias igrejas na América e fundador de uma denominação própria, ele foi também escritor e radialista (MARIANO, 1999, p. 151). Seus ensinos eram focados na cura, saúde, abundância, prosperidade, riqueza e felicidade pelo poder da mente.

Mariano (idem, p. 152) afirma que Kenyon nunca pregou nem escreveu sobre prosperidade (talvez numa perspectiva doutrinária). Segundo ele, foi o evangelista Oral Roberts quem criou a noção de “Vida Abundante” e deu início à pregação da doutrina e evangelho da prosperidade, prometendo retorno financeiro sete vezes maior que o valor ofertado. Muito interessante, é o fato de que Oral Roberts passou a dar maior ênfase a tal mensagem a partir de 1954, quando ingressar na TV, suas despesas aumentaram consideravelmente. Nos anos 70, nos narra ainda Mariano que Kennet e Gloria Copeland radicalizaram, dando maior projeção ao evangelho da prosperidade, quando prometeram retorno centuplicado dos dízimos e oferta (BARRON, 1987 apud MARIANO, ibdem).

Foi Kenneth Hagin (1917-2003), nascido em McKinney, no Estado do Texas, Estados Unidos, que difundiria amplamente a Teologia da Prosperidade. Conforme Romeiro (1993, p. 15) o ministério de Hagin tornou-se um dos maiores do mundo e sua influência tem se espalhado por muitas partes do globo. Hagin foi um batista que creu nas doutrinas pentecostais, chegando a filiar-se à Assembleia de Deus nos Estados Unidos, vindo posteriormente a sair, para depois de peregrinar por várias igrejas, fundar a sua própria, juntamente com o Instituto Bíblico Rhema, centro divulgador de suas idéias.

No Brasil, segundo Mariano (ibdem, p. 157), a Teologia da Prosperidade iniciou a sua trajetória nos anos 70, penetrando em muitas igrejas e ministérios, em especial: Internacional da Graça, Universal, Renascer em Cristo, Sara Nossa Terra, nova Vida, Bíblica da Paz, Verbo da Vida, Cristo Salva, Cristo Vive, Nacional do Senhor Jesus Cristo, Adhonep, CCHN, Missa Shekinah. Cada instituição e liderança deglutiu, trabalhou e transmutou de diferentes modos as doutrinas desse “novo Evangelho”.

2. A Teologia da Prosperidade como Movimento Doutrinário

Como movimento “doutrinário”, a Teologia da Prosperidade se desenvolveu após os anos 70, encontrando espaço nos grupos evangélicos pentecostais. Sobre isto comenta Pieratt (1993, p. 21):

[...] o pentecostalismo não foi o pai desse novo evangelho, embora talvez possa ser chamado de padrasto, por causa da forma como o abraçou e seguiu seus ensinos. Então, a primeira pergunta que se levanta é por que as denominações pentecostais têm sido mais abertas a esse ensino do que qualquer outro grupo protestante. A resposta parece estar na tendência que elas têm de aceitar dons de profecia e profetas dos dias atuais que afirmam exercer esses dons. Por causa da abertura para visões, revelações e orientações espirituais contínuas fora da Bíblia, cria-se um espaço para a entrada das afirmações do evangelho da prosperidade.

Uma afirmação muito interessante neste enunciado do Pieratt é o fato de que o evangelho da prosperidade não se sustenta na autoridade das Santas Escrituras, mas, na autoridade dos “profetas” da atualidade (ou dos carismas). O motivo disto é a sua fraca sustentação à luz de uma análise exegética e hermenêutica séria e ortodoxa, baseada numa interpretação histórico-gramatical da Bíblia. Observe o que escreveu Hagin: “O próprio Senhor me ensinou sobre a prosperidade [...] recebi isso diretamente do céu.” (in How God Taugh Me About Prosperith, 1991 apud ANKERBERG e WELDON, 1996, p. 32).Em Solving the Mystery of the Miracle Money(Resolvendo o Mistério do Dinheiro Milagroso), Robert Tilton afirma que: “As palavras deste livro não são minhas; são palavras do [...] Espírito Santos [...].” (apud idem, p.33).

Em qualquer época, toda reivindicação de autoridade profética, ou de veracidade da profecia, esteve relacionado à revelação de Deus em seus escritos inspirados:

Quando profeta ou sonhador se levantar no meio de ti e te anunciar um sinal ou prodígio, e suceder o tal sinal ou prodígio de que te houver falado, e disser: Vamos após outros deuses, que não conheceste, e sirvamo-los, não ouvirás as palavras desse profeta ou sonhador; porquanto o SENHOR, vosso Deus, vos prova, para saber se amais o SENHOR, vosso Deus, de todo o vosso coração e de toda a vossa alma. Andareis após o SENHOR, vosso Deus, e a ele temereis; guardareis os seus mandamentos, ouvireis a sua voz, a ele servireis e a ele vos achegareis. (Dt 13.1-4, ARA)

Profecia e teologia devem caminhar de mãos dadas, sendo toda profecia passiva de julgamento (1 Co 14.29) pela teologia (interpretação e sistematização dos mandamentos). A voz de Deus nos mandamentos (texto inspirado), não pode destoar da voz de Deus na profecia (carisma inspirado). Desta forma, teologia e profecia se complementam, em vez de serem entendidas como manifestações antagônicas.

Outro fato digno de nota foi que a doutrina da prosperidade em sua origem, esteve intimamente relacionada à expansão do televangelismo norte-americano:

A origem das doutrinas sobre prosperidade manteve íntima conexão com a expansão do televangelismo norte-americano. Segundo Hadden e Shupe (1987, p. 66-69), em função do aumento da competição entre os televangelistas, o tempo na TV tornou-se muito caro para eles. O custo dos programas subiu mais que a audiência. Pressionados pelas despesas crescentes de seus projetos, que foram se tornando cada vez mais ambiciosos, os televangelistas refinaram as formas de levantar fundos, integrando os apelos financeiros à teologia, que, entre os anos 50 e 60, passou a absorver os ensinos de Hagin. Deste modo, as exigências econômicas do veículo de transmissão da mensagem religiosa acabaram por integrar e, em parte, moldar seu conteúdo. Não é a toa que a Teologia da Prosperidade ingressou no Brasil e se espraiou em diversos segmentos evangélicos por meio dos neopentecostais, justamente os mais ativos difusores do televangelismo entre nós. (MARIANO, ibdem)

Atualmente, no Brasil, o mesmo fenômeno acontece, sendo que o mais grave, é a sua promoção por parte de lideranças com cargos e funções de relevância em Convenções regionais e nacionais de ministros. O caso mais notório é o do pastor Silas Malafaia (atual vice-presidente da Convenção de Ministros das Assembleias de Deus no Brasil – CGADB), que em seu programa “Vitória em Cristo”, além de anunciar por um bom tempo a “Bíblia de Estudo Batalha Espiritual e Vitória Financeira” (Bíblia que promove abertamente a Teologia da Prosperidade ou da “Vitória Financeira”), convidou também o pastor Morris Cerullo (comentarista da referida Bíblia) para participar do seu programa, desencadeando com isto uma campanha de levantamento de ofertas, onde os participantes, com base na autoridade do “profeta de Deus”, contribuiriam com R$ 900,00 (novecentos reais), debaixo de promessas de uma abundante colheita financeira. O mais grave, é que diante de tais episódios os órgãos oficiais da denominação e Convenção, guardiões e especialistas da sã doutrina, simplesmente (ou misteriosamente) silenciaram sobre o assunto.

3. A Bíblia de Estudo Batalha Espiritual e Vitória Financeira e Outros Escritos Numa Perspectiva Ortodoxa Pentecostal

Ao fazer uma análise teológica dos comentários da mesma sobre o tema “pobreza” e “Teologia da Prosperidade”, percebe-se alguns equívocos doutrinários, conforme abaixo:

Pobreza é escravidão! Ela amarra as pessoas, impedindo-as de terem as coisas que necessitam. A pobreza leva à depressão e ao medo. Não é a vontade de Deus que você viva na escravidão da pobreza. É hora de Deus acabar com a escravidão das dívidas e da pobreza no meio do seu povo! É chegado o momento da liberação de uma unção financeira especial, que quebrará as cadeias da escassez e o capacitará a colher com abundância! (Bíblia de Estudo Batalha Espiritual e Vitória Financeira, introdução xxvii)

Tais idéias são equivocadas pelas seguintes razões:

- Pobreza é escravidão

Pobreza nem sempre é “escravidão espiritual”, aliás, na maioria dos casos trata-se apenas de uma condição sócio-econômica, fruto do pecado, da acomodação, da injustiça social, do egoísmo e de outras mazelas. Você pode ser pobre, e mesmo assim, não ser escravo da pobreza. Você pode ser pobre e ser feliz! João Batista (Mt 3.4), Jesus (Lc 2.21-24 com Lv 12.8), Pedro e João (At 3.1-6), Paulo (2 Co 6.10) e tantos outros servos de Deus, apesar de pobres não eram "escravos" da pobreza. É preciso lembrar que a riqueza também pode promover escravidão (Mt 6.19-24). Desta maneira, não é a pobreza ou a riqueza em si que torna alguém escravo, mas sim, a forma como lidamos com essas condições sócio-econômicas.

- A pobreza leva à depressão e ao medo

A pobreza "pode" levar alguém à depressão e ao medo, mas não necessariamente. Todos nós conhecemos pessoas que sobrevivem com poucos recursos financeiros, que não são depressivas nem vivem amedrontadas, pois confiam no Senhor que supre todas as nossas necessidades (Mt 6.31-34). Conhecemos também muitos ricos que são depressivos e amedrontados. A própria Bíblia adverte quanto ao males da riqueza mal adquirida e administrada (1 Tm 6.9-10).

- Não é a vontade de Deus que "você" viva na escravidão das dívidas e da pobreza no meio do seu povo

Você quem? Isso significa que todos os crentes deveriam ser ricos? Você quem? Aquele que comprou a referida Bíblia, ou foi alcançado por seus princípios e ensinamentos? Não amados, nem todos seremos ricos. As razões pelas quais isto não vai acontecer são as mais diversas e complexas possíveis e envolvem fatores sociais, pessoais, espirituais, circunstanciais e outros. Se você contribui com as suas ofertas e dízimos, é trabalhador honesto, se esforça para manter-se qualificado na profissão que exerce, administra com sabedoria o salário que recebe e mesmo assim não alcança a riqueza, não fique triste nem frustrado, contentai-vos com o que tendes (Fp 4.11; Hb 13.5). Seja rico para com Deus (Lc 12.21). Saiba que o mais importante nesta vida não é o quanto você tem, mas o que você é diante do Senhor. Se um dia você ficar rico, dê graças a Deus, se nunca isso acontecer, dê graças a Deus também (1 Ts 5.18).

- É hora de Deus acabar com a escravidão das dívidas e da pobreza no meio do seu povo

Por qual razão Deus só resolveu acabar com a escravidão das dívidas e da pobreza agora, se os fundamentos deste comentário sempre estiveram na Bíblia? Será que Jesus, Paulo, os demais apóstolos, os pais da igreja, os reformadores, os missionários que experimentaram fome e nudez pela causa do mestre nunca enxergaram isso? Deus os privou desta "visão" (aliás, mais uma daquelas visões que só trazem confusão e promovem heresias no Reino de Deus)? Somos uma geração "especial"? Outra coisa, quem disse que a riqueza acaba com as dívidas? Muitos ricos estão proporcionalmente mais endividados do que alguns pobres. A questão da dívida relaciona-se com a forma com de administrarmos os recursos e não em sermos pobres ou ricos.

- É chegado o momento da liberação de uma unção financeira especial

Percebe-se que se trata de mais uma "unção especial", como foi a "unção do riso", "unção do leão" e outras "unções", todas fruto de uma interpretação bíblica equivocada e tendenciosa, desassociada de uma análise exegética séria e genuinamente cristã (é bom lembrar que boa parte dos argumentos e notas da citada Bíblia está fundamentada no Antigo Testamento em promessas direcionadas para o povo de Israel). Não existe uma "unção especial financeira". O que a Bíblia nos revela é a bondade, generosidade, misericórdia e graça de Deus, que faz com ele derrame abundantemente suas dádivas sobre aqueles que contribuem com alegria e liberalidade, promovendo assim socorro aos necessitados, recursos para a obra missionária, manutenção do trabalho do Senhor e o suprimento de outras necessidades (2 Co 9.6-15).

Observe o comentário abaixo:

Se você estiver carregando um fardo financeiro pesado, Deus o libertará. Ele não quer que você lute semana após semana apenas para suprir necessidades básicas. Ele quer libertá-lo da ansiedade mental e da preocupação que oprimem sua mente. (Bíblia Batalha Espiritual e Vitória Financeira, p. 278)

Algumas coisas precisam aqui ser esclarecidas:

- A ênfase do referido comentário deixa de ser dada ao "fardo do pecado" (Mt 11.28-29) e passa ao "fardo financeiro".

- O comentário afirma que Deus não quer que “lutemos” para suprimento de nossas necessidades básicas, mas que deseja que sejamos ricos. Na verdade, o Senhor Jesus nos ensina que não devemos "lutar", no sentido dado pelo comentarista (lutar ansiosamente) por uma simples razão, é o próprio Deus que supre nossas necessidades básicas como comer, beber e vestir:

Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos? Porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas; buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas (Mt 6.31-33)

- Diz ainda o referido comentário: "Ele quer libertá-lo da ansiedade mental e da preocupação que oprimem sua mente". Ora, não é a riqueza que nos livra da ansiedade, mas sim, nosso contentamento e confiança em Deus que em todas as coisas e situações nos fortalece:

Digo isto, não por causa da pobreza, porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação. Tanto sei estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já tenho experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de escassez; tudo posso naquele que me fortalece. (Fl 4.11-13)

- É necessário lembrar que ser rico, não é em si mesmo pecado (1 Tm 6.17-19), contudo, uma teologia que prioriza a riqueza na vida do cristão não é ortodoxa nem bíblica.

Observe agora a ligação entre a visão sobre pobreza da referida Bíblia com a teologia da Prosperidade. Comecemos observando alguns textos escritos ou falas em defesa da Teologia da Prosperidade:

"[...] um outro observou: ' Sabe, Jesus e os discípulos nunca andaram num Cadilac.' Não havia Cadilac naquela época. Mas Jesus andou num jumento. Era o Cadilac naquela época - o melhor meio de transporte existente. Os crentes têm permitido ao diabo lesá-los em todas as bênçãos que poderiam usufruir. Não era intenção de Deus que vivêssemos em pobreza. Ele disse que éramos para reinar em vida como reis. quem jamais imaginaria um rei vivendo em estrita pobreza? A idéia de pobreza simplesmente não combina com reis." (HAGIN, p. 48 apud PIERAT, 1993, p. 59)

E mais:

“[...] Filho de Deus, Jesus não andou em pobreza. Leia cuidadosamente a alimentação dos cinco mil. Quando eles viram os cinco mil, literalmente disseram isto. Agora eu sei que os teólogos farão com isso, mas eu não estou tentando impressionar os teólogos. Estou tentando impressionar pessoas que querem saber o que a Palavra de Deus diz. Estou tentando colocar alguma verdade em seu espírito. E você lê a narrativa, e ela literalmente diz: o discípulo disse: “Compraremos comida e alimentaremos todos estes? E eles disseram: ‘duzentos dinheiros seriam necessários para alimentar a todos. Iremos nós comprar a comida?’. Eles tinham o dinheiro na bolsa para alimentar cinco mil, mais as mulheres e crianças. Estou lhe dizendo, Jesus não liderou um ministério de pobreza”. (Jonh Avanzini, gravado em 14.12.91, no programa Beliver’s Voice of Victory, apud ROMEIRO, 1993, p. 42).

Perceba que a citação do texto de Jo 6.7 é tendenciosa e distorcida. A Bíblia Almeida Revista e Corrigida traduz da seguinte forma:

“Filipe respondeu-lhes: Duzentos dinheiros não lhe bastarão, para que cada um deles tome um pouco.”

A Almeida Revista e Atualizada diz:

“Respondeu-lhe Filipe: Não lhe bastariam duzentos denários de pão, para receber cada um o seu pedaço.”

A Bíblia de Jerusalém narra:

“Respondeu-lhe Filipe: Duzentos denários de pão não seriam suficientes para que cada um recebesse um pedaço”.

Na NTLH lemos:

“Filipe respondeu assim: para cada pessoa poder receber um pouco de pão, nós precisaríamos gastar mais de duzentas moedas de prata.”

Por fim a NVI relata:

“Filipe lhe respondeu: Duzentos denários não comprariam pão suficiente para que cada um recebesse um pedaço.”

Perceba quem em nenhuma das versões acima o texto passa a idéia, ou expressa claramente que eles tinham tal quantia. O que Filipe faz é simplesmente um cálculo de quanto seria necessário para alimentar a multidão. Mesmo se naquela ocasião eles dispusessem deste valor, não significaria que sempre tinham dinheiro em abundância.

Observe ainda a seguinte declaração:

Deus quer que seus filhos usem a melhor roupa. Ele quer que eles dirijam os melhores carros e quer que eles tenham o melhor de tudo[...] simplesmente exija o que você precisa. (Kennteh Hagin, New Thressholds of faith, 1985, p. 55 apud Idem, p. 43)

Agora compare com o que está publicado como comentário na Bíblia de Estudo Batalha Espiritual e Vitória Financeira:

"Jesus veio destruir as obras do Diabo: 'Para isso o Filho do Homem se manifestou: para destruir as obras do Diabo' (1 Jo 3.8). O pecado, a enfermidade, a pobreza e a morte são jugos do Inimigo! Você não tem de ficar amarrado à pobreza! Jesus veio libertá-lo de todo jugo que o Inimigo queira impor sobre você!" (p. 278)

O que há em comum entre os textos citados? A resposta é clara: todos estão construídos sobre os fundamentos da Teologia da Prosperidade. A lógica desta teologia é simples: doença e pobreza são do diabo. Se o Cristão está doente ou vive em pobreza, encontra-se debaixo do jugo do inimigo, ou nem é crente de verdade (ou o suficiente):

Se alguma coisa não estiver dando certo, é porque não contém qualquer virtude ou substância que dá vida. Descarte-a, por não ser um pensamento correto [...] (é) cristianismo de baixo nível [...] (TILTON apud ANKERBERG e WELDON, 1996, p. 72).

Seguindo esse raciocínio, segue abaixo uma lista ampliada de personagens bíblicos que viveram debaixo do jugo do Inimigo:

- Eliseu (2 Rs 13.14-21) Enfermidade

- João Batista (Mt 3.4) Pobreza

- Jesus (Lc 2.21-24 com Lv 12.8) Pobreza (imagina que nem ele escapou!!!!)

- Lázaro (Jo 11.1-5) Enfermidade

- Pedro e João (At 3.1-6) Pobreza

- Paulo (2 Co 6.10) Pobreza

- Epafrodito (Fp 2.27) Enfermidade

- Timóteo (1 Tm 5.23) Enfermidade

- Trófimo (2 Tm 4.20) Enfermidade

Certamente conhecemos na atualidade, homens e mulheres de Deus (como os citados acima), que se encontram enfermos ou vivem em situação de pobreza (alguns inclusive vivenciam as duas situações). Será que todos eles estão debaixo do jugo de Satanás. Embora o Inimigo possa promover enfermidades e pobreza, nem toda enfermidade e pobreza surgem da parte dele:

"Por que, pois, se queixa o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus próprios pecados." (Lm 3.39)

Se não fizermos exames de saúde periódicos ou não tivermos uma boa educação alimentar, e isto resultar numa enfermidade, a culpa é do Diabo? É claro que não, a culpa é nossa!

Se não administrarmos bem as finanças, não tratarmos com cuidado o orçamento doméstico, se fizermos um mau investimento, a culpa sempre será do Inimigo?

Volto a ressaltar que fatores sociais, econômicos, culturais e pessoais são a causa de muitos sofrimentos e privações na vida do cristão.

A prosperidade é uma doutrina bíblica (Dt 28.1-14; Js 1.8; Sl 1.1-3, 1 Co 16.1-2 etc), mas, uma vez desassociada de seu contexto, reduzida ao simples fator financeiro e transformada em mera barganha, resultará em distorções e prejuízos de ordem espiritual e material para os seus propagadores e seguidores.

Que o Senhor continue nos livrando destes “ventos de doutrina” que nos induzem ao erro e ao engano (Ef 4.14).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Baseado nas argumentações aqui expostas torna-se claro que a ascensão da Teologia da Prosperidade no meio pentecostal brasileiro (com ênfase nas Assembleias de Deus), dá-se, principalmente em razão da:

- Desconfiança ou ignorância sobre a necessidade da formação teológica de suas lideranças e de seus ministros;

- Desconhecimento das bases históricas e teológicas do Evangelho ou Teologia da prosperidade;

- Ênfase desmedida nos dons espirituais, em detrimento de uma análise e interpretação bíblica séria e profunda;

- Descasos e omissões de Conselhos e Comissões especializadas, que por questões políticas ou despreparo, não se posicionam firmemente contra as condutas e posicionamentos teológicos equivocados;

- Oportunismo ou desespero de alguns pastores e televangelistas, que se aproveitam da realidade econômica do país e de suas desigualdades sociais, associadas à falta de criticidade de seus seguidores, tornando-os objetos de fácil engano e manipulação.