por Zé Luís
Ed Renê Kivitz costuma dizer que, quem tem que pedir permissão para fazer tudo é criança, e portanto, inicialmente, não tem maturidade para compreender e não pode nada.
De antemão, claro: fumar ou beber não é pecado. Dizem os pastores, em um chavão muito conhecido que “fumar não manda ninguém para o inferno, mas deixa o fumante com o cheiro dos que lá estão.”
Eu, apesar de ter abandonado o tabagismo há quase 15 anos, assim como me abstenho de qualquer tipo de bebida alcoólica no mesmo período, não nutro nenhuma repulsa contra essas coisas. Creio que isso poderia confundir-me em relação a coisas e pessoas. As pessoas não são más por que bebem ou fumam, isso não é critério para análise, embora saiba que esse hábito não as “qualifique” como crentes evangélicas, o que pode também ser uma vantagem...risos. (vale a pena lembrar que o hábito de beber em algumas denominações cristãs evangélicas é perfeitamente normal, como os presbiterianos, por exemplo).
Lembro-me da história de um moço da igreja, já falecido. Contam que ele era meio estabanado nas suas explanações sobre o poder de Deus na vida do homem, deixando sorrisos na boca de quem as reconta.
Certa vez, um rapaz do serviço dele começou a caçoar, dizendo que ele, por ser crente, não podia fazer nada, e tirando um maço de cigarros do bolso, desafiou-o: “Você pode acender um cigarro desses e fumar tranquilamente como eu?”. Ele pegou o cigarro nas mãos, e após breves momentos olhando a fumaça dançar diante do rosto, pediu o maço ao colega. Ao pegá-lo, o Fábio disse: “Eu posso sim, fumar se quisesse, e você? Pode fazer isso?”