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Romanos 10.14...
"... Como pois invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram falar? e como ouvirão, se não há quem pregue?..."

5 de set. de 2010

Palmada ou não Palmada?


Genizah quer propor um debate sobre a disciplina dos filhos, considerando: castigos físicos, restritivos e emocionais, palmadinhas, abusos, limites, etc. a luz das Sagradas Escrituras e diante da urgência da mudança legislativa que se avizinha. 

A idéia é publicar neste espaço artigos, de boa qualidade, claro - com as diversas opiniões de cristãos sinceros sobre tópicos deste tema, em especial o castigo físico e a autoridade suprema dos pais na educação de seus filhos.
Achei este ótimo texto na blogosfera cristã com uma posição bem defendida. Gostaríamos de receber outras contribuições. Interessados usem o contato no final da coluna direita. Nossos comentaristas estão mais do que convidados a registrar a sua opinião. O convite é para cristãos, os demais se abstenham.


O Drama da Palmada

Pr Charles Melo

A vara e a repreensão dão sabedoria; mas a criança entregue a si mesma envergonha a sua mãe” (Pv 29.15)

As câmaras dos deputados e dos senadores aprovaram o projeto de lei que proíbe a “palmada”. Se os pais disciplinarem seus filhos através de palmadas, varadas e similares, a partir da sanção presidencial, e forem denunciados, poderão ser processados e condenados. Isso levanta uma série de questionamentos. Tem o governo direito de regular ou controlar a maneira como cada pai ou mãe resolvem governar sua casa e educar os filhos? De quem é a responsabilidade pelo descaso com os filhos? O que a Bíblia diz sobre a educação dos filhos através de punições com vara e palmadas?

“Disciplina” é a tradução do termo grego paidéia ou do hebraico mussar, e significa primordialmente “punição”, “castigo”, indicando claramente a correção com a vara. O objetivo da disciplina na criação dos filhos é moldar o caráter da criança ajudando-a a refrear seu desejo natural de rebeldia ou pecado. Pense: você ensinou seu filho a fazer birra, manha ou pirraça? Elas já nascem com essa tendência natural. É só questão de tempo, e a maldade se aflora sozinha. Uma criança não pode ficar entregue a si mesma, porque ela é pecadora. São terríveis as conseqüências quando os pais deixam os filhos à mercê de seus próprios desejos. Os pais devem necessariamente impor a ordem, a disciplina, o controle sobre os filhos, usando a vara para corrigir os desvios que ocorrem naturalmente. O texto de Provérbios 22.6 diz: “Ensina a criança no caminho que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele”. Esse texto não é tanto uma promessa; ele é também uma advertência aos pais. Se os pais ensinarem desde cedo, a criança guardará os valores bíblicos quando crescer. Mas se eles deixarem a criança entregue a si mesma, quando ficar velha, não se apartará do estilo de vida adquirido. Pais que deixam os filhos decidirem o que comer e o que vestir, onde e quando ir passear, pais que permitem aos filhos fazer birra, mal-criação e desobedecer, também os verão mais tarde dando golpes no mercado, indo a bailes, bebendo, fumando, usando drogas, tendo relações sexuais ilícitas, tudo porque elas se acostumaram a um estilo de vida autônomo e não foram corrigidas enquanto crianças.

A nova medida revela o interesse do Estado de interferir no âmbito dos lares. Isso não é bom, pois a responsabilidade pela educação dos filhos não é do governo, mas dos pais. Cada progenitor sabe das características de cada filho e como cada um deve ser criado. A decisão de como educar tem que ficar para os pais. O governo ignora o fato de que a disciplina forma um caráter nobre e responsável. Se essa lei pegar, no futuro, a sociedade será mais perversa ainda, as cadeias estarão superlotadas, o número de adolescentes que ficarão grávidas será cada vez maior, o vandalismo se alastrará e o consumo de drogas baterá recorde nacional. Mas aí será tarde demais. E quem vai assumir a responsabilidade? O governo não poderá ser disciplinado; nem os pais! E temos de cogitar filhos ameaçando denunciar os pais na justiça.

Querido leitor, esse assunto é questão de obediência ou à Palavra ou aos homens com suas leis absurdas. Então escolham obedecer ao Senhor, porque importa antes obedecer a Deus do que aos homens. “Não retires da criança a disciplina, pois, se a fustigares com a vara, não morrerá. Tu a fustigarás com a vara e livrarás a sua alma do inferno” (Pv 23.13,14). Mas cuidado! Não discipline na hora da raiva. Escolha uma varinha e a guarde longe do lugar onde você costuma disciplinar seus filhos. Até você buscá-la, a ira já passou e você disciplinará na medida certa. Vara também era instrumento de medida, o que nos ensina a não exceder em rigor. A disciplina tem que ser sempre em amor. E que nossos filhos cresçam em estatura e graça diante de Deus e dos homens! Amém!

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