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Romanos 10.14...
"... Como pois invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram falar? e como ouvirão, se não há quem pregue?..."

28 de jul. de 2010

RELIGIÃO E POLÍTICA, ISTO NUNCA DEU CERTO

 *Por Valter Baptistoni                
A religiosidade é um fenômeno mundial independente da doutrina. Inegavelmente é a melhor forma de se buscar o sobrenatural, o divino, já que no coletivo existe motivação e uma associação religiosa proporciona inúmeros benefícios aos seus participantes que além de usufruir da espiritualidade pode-se então através da socialização encontrar inúmeras chances de se desenvolver outros assuntos e entre os mais importantes está o trabalho social, de ajuda aos menos favorecidos, como por exemplo orfanatos, hospitais, creches etc. O que a própria instituição chama de  ¨ boa obra ¨.
O que acontece de ruim é que as lideranças religiosas esquecem qual seria sua verdadeira função e envolvem-se no campo político já que os congregados são imaturos e não questionam estas ações ou a administração eclesiástica dirige suas funções com mão de ferro, com autoritarismo. A partir daí acontece à contaminação, o que era para ser puro e sagrado agora está contaminado já que o envolvimento político atrela troca de favores e a religiosidade perde suas principais características sem que isto seja de imediato perceptível. Se buscarmos no antigo testamento verá que isto acontecia de forma perfeita quando o governo era teocêntrico e aqui especificamente citando Davi e a administração relatada em Juízes, por exemplo. O sistema político de nossos dias nada tem em comum com os dos tempos bíblicos .
Grandes erros a cristandade cometeu na história, o primeiro foi quando a igreja busca aliar-se ao imperador Constantino, esta tragédia já deveria ser suficiente para que a instituição religiosa se isenta-se do envolvimento político. A hipocrisia hoje visita os inúmeros templos, padres e pastores declaram apoio a este ou aquele candidato, mas seus interesses são em caso de eleição a cobrança de favores como doação de  bens para a instituição religiosa e principalmente as de assistência social criando assim vínculos de dependência e contaminação. Será que John Wesley ficou esquecido como um exemplo?  
Com todas as possibilidades de se adquirir conhecimento e informação ainda têm pessoas que dormem nas igrejas, são alienadas e não percebem o que se passa debaixo de seu nariz, esquecem que o maior legado é a bíblia e que ela mesma evoca a liberdade e consciência, certamente as lideranças responsáveis por propagar conhecimento e sabedoria e que fazem uso de seus cargos para se auto promoverem prestarão conta disto um dia, assim como também eu e você.
*Professor de história, especialista em história das religiões.

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