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"... Como pois invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram falar? e como ouvirão, se não há quem pregue?..."

30 de jul. de 2010


Nutrição parenteral enriquecida com óleo de peixe é benéfica no pós-operatório

Data:            30/07/2010
Autor(a):       Iara Waitzberg Lewinski
Fotógrafo:    Camila Marques



Metanálise demonstrou que emulsões enriquecidas com óleo de peixe (OL) foram seguras e efetivas na redução do tempo de internação hospitalar (diferença de –4,65 para –1,31; p<0,001), permanência em unidade de terapia intensiva (UTI, diferença de –3,04 para –0,56; p=0,004), diminuição dos riscos de infecções (p=0,04), aumento dos níveis plasmáticos de ácidos graxos poliinsaturados (PUFA), nas enzimas hepáticas (aspartato aminotransferase, alanina aminotransferase; p<0,001) e no alfa-tocoferol (de 12,65 para 18,22; p<0,001) sanguíneos em pacientes submetidos a cirurgias abdominais.

Os autores selecionaram 13 artigos controlados e aleatórios de alta qualidade, publicados entre 1996 e 2008, envolvendo 892 pacientes submetidos a cirurgias abdominais de grande porte que receberam NP padrão (com lipídios convencionais) em comparação com NP enriquecida com OL.

Dosagens de OL entre 0,07 e 0,225 g/kg de peso corporal/dia foram bem toleradas e diminuíram significativamente o tempo de internação hospitalar na maioria dos pacientes incluídos neste trabalho. Apenas um estudo, que utilizou 20 g/dia de OL durante o 3º a 5º dias do pós-operatório não encontrou diferenças significativas na internação hospitalar e em UTI entre os dois grupos.

“O alfa-tocoferol é um dos antioxidantes mais efetivos. Deste modo, emulsões enriquecidas com OL são suplementadas com diferentes concentrações de alfa-tocoferol. No 6º dia de pós-operatório, o alfa-tocoferol plasmático aumentou significativamente nos pacientes que receberam OL. Portanto, a administração desta emulsão lipídica pode resultar na circulação em quantidade desejável de alfa-tocoferol, contribuindo para o estado antioxidativo adequado destes pacientes no pós-operatório”, explicam os autores.

Em relação aos níveis de PUFA nos fosfolipídios plasmáticos foram encontradas diferenças significativas. quanto ao ácido eicosapentaenóico (EPA, diferença foi de 1,82 para 4,39, p>0,001) e ácido docosahexaenóico (DHA, diferença de 0,38 para 2,79, p=0,01), mas não quanto ao ácido araquidônico (AA, diferença de -0,24 para 0,47, p=0,51), entre o grupo que recebeu emulsão lipídica com OL e o grupo que recebeu emulsão lipídica padrão).

“Uma das limitações desta meta-análise foi que nenhum estudo determinou o melhor momento para o início do tratamento com emulsões enriquecidas com OL”, argumentam os pesquisadores.



Referência(s)

Chen B, Zhou Y, Yang P, Wan H, Wu X. Safety and efficacy of fish oil–enriched parenteral nutrition regimen on postoperative patients undergoing major abdominal surgery: a meta-analysis of randomized controlled trials. JPEN. 2010;34(4):387-94.

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