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Romanos 10.14...
"... Como pois invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram falar? e como ouvirão, se não há quem pregue?..."

26 de jul. de 2010

A paciência de Deus e a correria do mundo



Tudo no mundo hoje requer velocidade, agilidade e instantaneidade. Internet lenta não serve. Trânsito lento irrita. Ninguém caminha mais nos grandes centros admirando os prédios, os rios que cortam uma cidade ou os passarinhos que voam. Por quê? Porque ninguém tem mais tempo.



E por que ninguém tem mais tempo? Porque a rotina de hoje é assim. Você quer que o dia do pagamento chegue logo. Deseja que acabe o mais rápido possível aquela palestra chata sobre um assunto que não compete a você. É aquela coisa: tudo quem que ser para ontem.


Ou algum pai de família brasileiro tira tempo para ir a um parque em pleno horário de trabalho? Será que existe algum trabalhador, que pega de segunda a sábado, durante 9h por dia, que se atreva a dizer “só vou dormir mais meia hora” algum dia, sem temer uma inevitável demissão?


Pois bem. Essa é a correria dos dias de hoje. Por causa disso, o desejo é que tudo saia o mais rápido possível sempre, e, por influência dessa ideologia de vida instantânea, a efervescente velocidade das coisas e dos fatos acaba exigindo a mesma rapidez no agir de Deus. “Senhor, eu quero já”, ordena um apressado. “Deus, seja rápido para me atender”, determina o agoniado.


Para piorar esse quadro, o que mais se vê na mídia e nos cultos cristãos são as exigências imediatas de um povo cada vez mais ansioso por posses, bens, bênçãos e direitos. Pede-se muito, e pede-se para já. Poucos levam em consideração o tão falado “tempo de Deus”. Eclesiastes 3 só serve para leitura, mas não para a prática.


Mas com Deus é diferente. Sua estratégia de tempo é diferente. Deus lida com okronos e com o kairós. Seu relógio é pontual, sem atrasos e sem avanços. É como a manteiga no fogo: só se derrete na hora, não adianta mexer.


Em tempos de correria, de fast-food, de instantaneidade, deve ser considerado que Deus é atemporal e não depende do nosso cronograma apressado. Afinal, um dia do nosso calendário – com todos os seus males, atribulações, desafios e afazeres – pode ser tornar mil anos para Ele. Da mesma forma, mil anos para Deus – tempo suficiente para se criar uma geleira, desaparecer uma cidade ou passar um cometa raro – pode virar um dia em Suas mãos. Ou alguém duvida disso?


Então, nada como esperar na paciência e na provisão do Deus que controla e muda os tempos (Dn 2.21), em cujas mãos estão os tempos (Sl 31.15) e que exalta os que estão debaixo delas no tempo certo (I PE 5.6).

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