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Romanos 10.14...
"... Como pois invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram falar? e como ouvirão, se não há quem pregue?..."

17 de set. de 2010

Fé X Superstição

Rubinho Pirola

Fé, segundo a cultura bíblica é uma coisa. Outra bem diferente, é superstição.

Pode ser também uma mera obsessão, aquilo que também se parece com fé e é baseado somente numa grande expectativa, ou enorme desejo, sobre o qual se esforça para que tome a nossa mente, num pretenso empenho para que isso se concretize. E difere-se de fé, posto que é sempre embalado com o medo, com a ansiedade de que isso não aconteça.

Superstição é a nossa crença em algo que nos passaram, sem prova, sem base, sem fundamento e tomamos isso como verdade.

A fé, da qual nos fala a Palavra de Deus é sempre baseada em conhecimento. Conhecimento de Deus, da Sua vontade, avalizada pela história e, mesmo que seja por exclusão (deixando de parte aquilo que se mostra inconsistente como as filosofias que não são capazes de mudar a natureza má do homem), quando decidimos crer e testar, conferindo texto com texto, fundamento e contexto, como e onde isso foi provado e, de certa forma, testado.

Fé, ao contrário do que essas seitas que enchem as TVs e as rádios (e até os púlpitos), nunca é uma força independente, capacidade fruto do esforço humano para crer que preto é branco e branco é preto. Fé é sempre fruto de conhecimento. Mesmo que não vejamos, toquemos,... ou sintamos.

Por isso, Paulo afirma que a fé vem pelo ouvir e o ouvir pela Palavra de Deus (Rm 10:17). E porquê? Porque a Palavra de Deus nos fala de Deus. De quem Ele é, do que Ele fez, faz e fará, na Sua interação com o ser humano.

O escritor de Hebreus, afirma que "sem fé, é impossível agradar a Deus, porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam" (Hb 11:6), mas o que foi-nos traduzido por "existe", na verdade, traz, na raíz do termo, o conceito de ser. Não há ainda virtude em saber que Deus existe. Quase todo homem crê nisso. A questão é sabermos Quem é Este. Então, o que o escritor afirma é que é preciso que saibamos quem Deus é, para que creiamos, fazendo da nossa base de fé, o conhecimento que temos Dele. Isso sim, faz todo o sentido e reafirma a ideia - não se pode crer, se não conhecermos, não tivermos tido um encontro com a pessoa que é, afinal, o autor e o consumador da nossa fé.

Por isso, o apelo tão insistente de Paulo e outros escritores sagrados - precisamos conhecer de fato quem Deus é. E assim, saberemos que podemos crer. E esperar Nele. E fundamentar a nossa vida, ações, pensamentos e expectativas Naquele que, tendo a nossa vida nas Suas mãos, não há como não vivermos de maneira abundante e livres de medo e ansiedade. E ai, seguro e refletindo nessa verdade, posso voltar a fazer como os meus pais me ensinaram desde pequeno e que um dia acabei, minha presunção e aventura pela religião que tenta domesticar o sagrado - orar "seja feita a Sua vontade, Senhor e não a minha".

Chega dos truques, basta dos tem de ser do meu jeito...

Conhecendo-O como hoje conheço, sei que Dele, não poderá vir nada que não seja bom. O que está preparado para aqueles que o Buscam.

Tudo o que quero para mim hoje, é meditar nisso. E seguir sem medo. Ou superstição.


"...Sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus". Rm 12:2

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