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Romanos 10.14...
"... Como pois invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram falar? e como ouvirão, se não há quem pregue?..."

10 de fev. de 2010

Nem sempre um apologista ou quem combate erros está agradando a Deus


Nós, seres humanos, sem distinção, temos o costume de supervalorizar os erros do próximo e minorar os nossos. O Senhor Jesus — o nosso paradigma (1 Jo 2.6) — não é assim. Ele é capaz de desprezar o grande currículo de um fariseu e atentar para a oração de um marginalizado publicano. É isso que vemos em Lucas 18.9-14 (ARA), numa parábola proposta “a alguns que confiavam em si mesmos por se considerarem justos, e desprezarem os outros” (v.9).

Não há dúvidas de que não podemos transigir (concordar) com o erro. Mas, ao mesmo tempo em que condenamos as heresias, os modismos, os desvios comportamentais, as incongruências, os “dois pesos e duas medidas”, as incoerências, os excessos, as reações intempestivas, as ameaças, o escárnio, etc., temos de reconhecer os nossos próprios erros — ou somos todos perfeitos? —, bem como usar de misericórdia para com aqueles que erram.


A conduta do fariseu da parábola tornou-se pior do que a do publicano porque ele, apesar de estar, em tese, acertando em alguns pontos, começou a justificar-se a si mesmo. Ele dizia, em sua oração: “Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano; jejuo duas vezes por semana e dou dízimo de tudo quanto ganho” (vv.11,12).

Somos, muitas vezes, ávidos por apontar os erros de alguém. Ao mesmo tempo, gostamos de nos vangloriar, autojustificando-nos e fazendo comentários pelos quais mostramos que somos melhores do que fulano ou cicrano. Isso é pecado! Eu posso, sim, ter uma mensagem de protesto, de ataque ao erro. No entanto, como cristão, devo ter misericórdia de quem erra e jamais envaidecer-me por estar, em tese, melhor do que o meu próximo.

Eu digo “em tese” porque Deus vê de modo diferente de nós. Lembra-se do que Ele disse a Samuel? “[Samuel,] o SENHOR não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o SENHOR, o coração” (1 Sm 16.7). Isso significa que não devemos confiar em nosso coração nem no que dizem a nosso respeito. Antes, precisamos nos exortar uns aos outros, dia a dia, para que não nos endurecermos por causa do pecado (Hb 3.12,13).

Por que o publicano, que cometia mais erros que o fariseu, foi justificado, e o outro não, a despeito de seu vastíssimo cabedal? Porque aquele se humilhou, enquanto o fariseu — mesmo com as suas louváveis qualidades — fazia questão de vangloriar-se, ainda que para si mesmo (2 Co 10.12), dessas qualidades. Diferentemente deste, que “orava de si mesmo para si mesmo” (Lc 18.11), o publicano abriu o seu coração diante do Senhor: “Ó Deus, sê propício a mim, pecador!” (v.13).

Portanto, sejamos contundentes ao condenarmos o erro, mas igualmente duros com a nossa soberba ou nosso egotismo, bem como reconheçamos a nossa miserabilidade perante aquEle com quem temos de prestar contas (Hb 4.13, ARA). Afinal, sabemos que “não é aprovado quem a si mesmo se louva [inclusive tacitamente], e, sim, aquele a quem o Senhor louva” (2 Co 10.18, ARA).

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