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Romanos 10.14...
"... Como pois invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram falar? e como ouvirão, se não há quem pregue?..."

8 de fev. de 2010

LIÇÃO 07 – PAULO, UM MODELO DE LÍDER-SERVIDOR

Igreja Evangélica Assembléia de Deus – Recife / PE
Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais
Pastor Presidente: Ailton José Alves
Av. Cruz Cabugá, 29 – Santo Amaro – CEP. 50040 – 000 Fone: 3084 1524

LIÇÃO 07 – PAULO, UM MODELO DE LÍDER-SERVIDOR

INTRODUÇÃO

No capítulo seis da Segunda Epístola aos Coríntios, o apóstolo Paulo descreve alguns, dos muitos sofrimentos que ele enfrentou em seu ministério. Ao contrário do que muita gente ensina, a vida cristã é marcada por sofrimentos e adversidades, e o apóstolo Paulo sabia muito bem o que era padecer. O próprio Deus havia dito acerca dele a Ananias: “ E eu lhe mostrarei quanto deve padecer pelo meu nome” (At 9.16). No entanto, seu sofrimento não impediu que ele demonstrasse zelo e dedicação à obra de Deus. Seu objetivo era servir ao Mestre, a despeito de toda e qualquer circunstância. Ele mesmo disse aos anciãos da igreja em Éfeso: “Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus” (At 20.24).


I – PAULO SE IDENTIFICA COMO SERVIDOR DE CRISTO 

O apóstolo Paulo demostrava através de palavras e atitudes que era um servo autêntico, servindo ao Senhor com fidelidade e dedicação, demonstrando zelo no ministério, para que não viesse a ser alvo de escândalo ou censura. Ele diz: “Não dando nós escândalo em coisa alguma, para que o nosso ministério não seja censurado; ” (II Co 6:3).

1.1– Conceitos:
· Servir – do grego “diakoneõ” , significa “ministrar”, “auxiliar”, ou “prestar qualquer tipo de serviço” (Lc 10:40; 12:237; 17: 8; 22:26; 22:27). 
· douleuõ -  Significa “servir”. É usado acerca de “servir”: A Deus – (Mt. 6:24; Lc 16:13; Rm 7:6); A Jesus - ( At 20:19; Rm 12:11; 14:18; 16:18;Ef. 6:7; Cl 3:24); Á lei de Deus (Rm 7:25); Uns aos outros (Gl 5:13); A um pai (Lc 15:29), etc.

II – A ABNEGAÇÃO DE UM LÍDER- SERVIDOR

O apóstolo Paulo se coloca a disposição para servir através de sua renuncia para desenvolvimento do ministério cristão.

2.1 Aptidões do apóstolo Paulo:

· “Abnegação” no dicionário de Aurélio significa desinteresse, renúncia, desprendimento, devotamento. Paulo
desprendeu de todas as regalias para servir a Deus . (II Co 6:7)

· Renúncia - De fato, Paulo renunciou muitas coisas para viver servindo a Igreja. Vivenciar pela fé, em uma realidade nova (Gl 1.4; 1 Co 10.11; 2 Co 5.17; etc.); assim, sua perseverança está diretamente ligada à esperança frente à volta de Cristo. Em outras palavras, a perseverança de Paulo, claramente demonstrada em situações de conflito, está diretamente vinculada às promessas de Deus, e não em um sucesso pessoal na sua atividade.

· A “perseverança” é, pois, fruto do evangelho na vida do apóstolo, como de qualquer ministro da palavra e de todo filho de Deus. Esta expressão inicial, “na muita perseverança (paciência)”. Paulo mesmo coloca a sua perseverança como exemplo para o pastor Timóteo (2 Tm 3.10; cf. 1 Tm 6.11). Tiago associa a perseverança à provação (Tg 1.3).

2.2 Seus Sofrimentos. Neste capítulo, o apóstolo enumera alguns sofrimentos que ele enfrentou. Ele diz:

 “Antes, como ministros de Deus, tornando-nos recomendáveis em tudo; na muita paciência, nas aflições, nas necessidades, nas angústias, nos açoites, nas prisões, nos tumultos, nos trabalhos, nas vigílias, nos jejuns...” (II Co 6.4,5). Vejamos o significado de cada um deles:

· Aflições – No grego temos o termo “thlipsis”, uma palavra geral que indica várias formas de aflição, produzidas por circunstâncias externas adversas, pelas tribulações, pelas perseguições, pelas angústias mentais e espirituais. A idéia desta palavra é “ pressão”. (Mt 13:21; 24:21,29)

· Privações – É traduzida pelo vocábulo grego “anagke”, que quer dizer necessidade, calamidade. Essa idéia podia transmitir a idéia da falta de algo necessário, ou seja, a redução a uma pobreza externa. Sabemos que Paulo sofreu assim, porquanto aprendeu a ter abundância e a padecer necessidades.“Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade.” ( Fl 4:12)

· Angústias – No grego é “stenochoria”, que literalmente traduzido seria “estreiteza”, demonstrando um estado de confinamento, de restrição, dando a idéia de angústias, apertos de muitas formas.(II Co 1:4,8; 2:4; 4:7; II Co 12:10).

· Açoites – É o mesmo que chicotadas. A lei romana prescrevia que os criminosos fossem açoitados. Cristo foi açoitado (Mt 27.26); os apóstolos também foram (At 5.40); e o apóstolo Paulo também (At 16.23,37; II Co 11.24).

· Prisões – Paulo passou por várias prisões. Segundo eruditos, as prisões de Paulo foram mais do que estão registradas no livro de Atos, os quais especulam que houve pelo menos também um período de aprisionamento em Éfeso, e que algumas dentre as chamadas epístolas da “prisão” podem ter sido escritas ali. ( II Co 11:23; At 16:23; 21:23) Paulo também foi aprisionado em Filipos ( At 16), em Cesaréia (At 23:23), em Jerusalém (At 23) e em Roma (At 26-28).

· Tumultos – No grego temos o termo “akatastasia”, cuja idéia básica é a instabilidade, falta de fixação. Essa palavra era empregada para indicar instabilidade politica; mais comumente, entretanto, indicava todas as formas de levantes e pertubações da ordem pública. Sua forma verbal significa vacilar, instabilizar. Levantes e pertubações públicas, produzidas pela pregação do evangelho, perfaziam uma experiência comum para Paulo. ( At 13:50; 14:19; 17:5; 18:12 e 19:29).

· Trabalhos - Tarefa que Paulo fazia para cumprir fielmente a sua missão. Paulo não se poupava, crendo na filosofia que diz que é melhor alguém desgastar-se do que enferrujar. O termo Grego para “trabalho” é “kopos”, que significa exatamente isso, como também “ labuta”, posto que igualmente pode indicar dificuldades. Labuta pode indicar dificuldades. (At 18:3; I Co 15:10).

· Vigílias – No grego, “agupnia”, que significa “ insônia”, preocupação, que produz noites mal dormidas. (II Co 11:27) Havia muitas causas que levaram Paulo a perder o sono. Algumas vezes ele pregava e ensinava pela noite adentro. (At 20:7,9) Seu cuidado pelas igrejas provavelmente produzia isso (II Co 11:27), como também a necessidade de manter-se desperto para a sua autoproteção, quando estava sob ameaça. 

· Jejuns - Paulo menciona jejuns também em (2 Co 11: 27), sendo que ali distingue (fome). Nos seus outros usos no NT, o vocábulo está associado a um rito de significado religioso. E é provavelmente neste sentido que Paulo emprega o termo em 2 Coríntios, em uma referência a jejuns, próprios nas congregações onde os judeus estavam presentes (At 14.23). Pode-se ver aqui um exemplo do que Paulo dissera em 1 Co 9.20: “Procedi, para com os judeus, como judeu, a fim de ganhar os judeus.”

III – AS ARMAS DE ATAQUE E DEFESA DE UM LÍDER- SERVIDOR

Paulo terminou sua vanglória, que classificou como tola, e que ele mesmo jamais teria iniciado senão fosse forçado a fazê-lo. Na verdade, os coríntios são em parte culpados pela insensatez de Paulo. Deveria ter providenciado a sua defesa, recomendando-o a seus adversários. Conheciam bem o caráter de seu ministério - e que não era, de maneira alguma inferior àqueles que eram considerados “ os mais excelentes apóstolos” ( II Co 12: 11-13)

Vejamos as armas de defesa de Paulo:

3.1- Paulo era um guerreiro. Tinha muitas cicatrizes. Havia passado por muitas experiências duras. Assim sucedia porque ele estava na linha de frente, onde a batalha rugia ferozmente. (Fp 2:8)

3.2- Batalhador - Quão fácil é retrocedermos para segundo plano, deixando outros levarem avante a batalha. Porém, é pensamento solene aquele que diz que coisa alguma prometida ao homem que não é um dos vencedores. Nas cartas às sete igrejas do Apocalipse, somente os “vencedores” foram alvo de qualquer promessa. “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida, que está no meio do paraíso de Deus.” ( Ap 2:7; II Co 7:4).

3.3- Revestido da Armadura de Deus - Por essa razão é que a própria vida cristã é comparada nas Escrituras com uma guerra, e que a preparação e o desenvolvimento cristão são comparados com a colocação de uma armadura. (Ef. 6:10)

CONCLUSÃO

Paulo teve de enfrentar muitos conflitos; estava atarefado na luta contra o inimigo; estava encarregado de uma missão difícil. Contudo, ele foi um líder dedicado ao serviço de Deus e não agiu egoisticamente,mas com um espírito voluntário. (Gl 5:22-23)

REFERÊNCIAS:

· Bíblia de Estudo Pentecostal. Donald C. Stamps. C.P.A.D.
· 2 Coríntios, O Triunfo de um Homem de Deus Diante das Dificuldades. Hernandes Dias Lopes. HAGNOS.
· II Coríntios, Introdução e Comentário. Colin Kruse. VIDA NOVA.
· I e II Coríntios, Os Problemas da Igreja e Suas Soluções. Stanley M. Horton. C.P.A.D.

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