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Romanos 10.14...
"... Como pois invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram falar? e como ouvirão, se não há quem pregue?..."

13 de dez. de 2010

Músicas heréticas: muita distorção e pouca inspiração


Ao longo desta década que está por acabar, em questão de meses, surgiram e desapareceram muitas músicas no meio evangélico. Eram canções sem solidez, que – por serem apenas “de sucesso” – ficariam defasadas com o tempo.

Isso porque a maioria delas não tinha uma base bíblica sustentável para mantê-las no auge. Hoje, boa parte do que se ouve está impregnado de equívocos, desde as licenças poéticas mal utilizadas até as heresias mais inaceitáveis.

Para exemplificar um pouco do se que canta e do que se ouve no meio gospel, eis algumas dessas canções que precisam ser revistas ou até esquecidas.
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“... És Deus de perto, e não de longe, nunca mudaste, tu és fiel..." (Ministério Apascentar)

O compositor não crê na onipresença de Deus? A Bíblia diz: “Sou eu apenas Deus de perto, diz o Senhor, e não também de longe?” (Jr 23.23). Se a intenção foi dizer que Deus fica sempre perto dos seus, a composição foi bastante infeliz. Deus é Deus, seja longe ou perto.
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"Recebi um novo coração do Pai... somos corpo, e assim bem ajustados, totalmente ligados, unidos, vivendo em amor... uma família sem qualquer falsidade, vivendo a verdade, expressando a graça do Senhor"

Será que dá para cantar isso de consciência limpa? Somos, de fato, uma família, sem falsidade? Com as dissensões, com as disputas por poder, com a falta e o esfriamento do amor, com a discriminação social na membresia, com a ostentação do ter em detrimento da realidade do ser, podemos cantar essa música tranquilamente?
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Deus não rejeita oração, oração é alimento...” (Cassiane)

Há dois equívocos bastante conhecidos, com base na análise segundo as Escrituras. Uma é que Palavra é que é o alimento, de fato (apesar da vital importância da oração). O outro problema é dizer que Deus não rejeita oração. Deus rejeita oração, sim. Ou será que Ele atende a todos os pedidos que Lhe fazem?


“No brilho das pedras afogueadas
Noivo, vem, vem contemplar minha dança
Quero dançar a dança da noiva” (A dança da noiva – Ouvir e Crer)
Não há nenhum nexo na letra dessa música. Não há base bíblica alguma para denominá-la cristã. Até mesmo no tocante às pedras afogueadas, só há uma menção na Bíblia sobre isso (Ez 28.14,16), que é quando se refere à descrição de Lúcifer quando ele ainda estava no céu.

Além de a música ser extremamente superficial, não há caracterização de louvor em nenhum trecho da letra.
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“Pisar na Cabeça do Diabo”

É um dos refrões preferidos dos ávidos pelo triunfalismo. No meio gospel, está cheio de bandas e cantores que teimam em entoar “pisam na cabeça do diabo”, “pisa na cabeça da serpente”. Mas Romanos 16.20 deixa bem claro que essa incumbência pertence exclusivamente a Jesus, e não aos crentes.

Estes, aliás, devem se lembrar que Miguel, o arcanjo, “não usou pronunciar juízo de maldição contra ele [Satanás]; mas disse: O Senhor te repreenda” (Jd 9).

Mas, enquanto isso, os crentes do reteté seguem pisando (ou dizendo que pisam) na cabeça do diabo e da serpente...
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"A fila é bem menor de madrugada, irmão, a fila é bem menor. Muita gente está dormindo, pouco crente está orando com sua face no pó". Cícero Nogueira.

É outro exemplo de desprezo à onipresença divina! A pergunta que se faz é: Deus está sobrecarregado durante o dia e tem uma agenda mais flexível à noite? Então, nesse caso, devemos orar de madrugada porque a fila pra receber a resposta é pequena?

A resposta pode vir, de forma pretensa: “Mas Deus ama os que O buscam de madrugada...”. Mas isso não é pretexto para segregar os demais e achar que o Senhor beneficia apenas os madrugadores.

"Porque TUDO o que há dentro de mim necessita ser mudado, Senhor".

Tudo mesmo? Inclusive a graça de Deus, a companhia de Cristo, a presença do Espírito Santo, os bons pensamentos, o fruto do Espírito, a vontade de Deus...? Isso necessita ser mudado, Senhor?

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“Eu farei o que for preciso para Te ver
Pois não posso deixar que sigas sem me perceber" (Olha pra mim – Toque no Altar)

Já destacamos dois desprezos à onipresença de Deus nos trechos supracitados. Neste exemplo, não se faz caso da onisciência divina. Será que Deus está cego e não conhece os nossos passos? Necessitamos dizê-Lo que Ele não nos percebe?

Isso vai de encontro às palavras de Davi: “Para onde me irei do teu espírito, ou para onde fugirei da tua face?” (Sl 139.7)


“Relampeia, Jesus, relampeia
Relampeia e faz clarear
Olha o anjo do relâmpago que esta neste lugar
Subindo o monte o fogo em você
Você pediu hoje vai receber
Olha o anjo ai do teu lado que te visita cheio de poder
Manda fogo lá do alto” (Relampeia – Djair Silvério)

Essa pérola lembra bem outra pérola história, Labassurionderrá, no seguinte aspecto: Jesus é o Senhor ou é o anjo? Que transformação abrupta é essa?

E mais: “Anjo do relâmpago”? De onde se tira tanta criatividade para tamanha ignorância?

“Minha motivação é saber
Que nada me faltará
Pois, eu sei que o meu Deus
Em tudo me suprirá” (Meu melhor – Toque no Altar)

Estão vendo o resultado do triunfalismo barato e fofo? A motivação depende do suprimento. Se algo faltar, a motivação vai embora. Não importa se Deus é o Deus da bênção, o que importa é que Ele abençoe. Se assim não o fizer, a motivação se vai.

Parece que esses crentes vão preferir morar por aqui, cercado de suas posses e motivações...


“E Ele vem, e Ele vem
Saltando sobre os montes” (David Quilan)

Nessa música, há outro trecho bem flamejante: “Incendeia, Senhor, a Tua noiva”. De fato, Senhor, incendeia mesmo, põe esse povo no crisol para ser purificado dessas coisas!

Mas voltemos ao trecho, que já é bem conhecido e bem debatido. Segundo a Bíblia, Jesus deixou a promessa maravilhosa de que voltaria, mas não saltando sobre os montes, e sim como um ladrão (II Pedro 3.10).

Mas como a mente desses compositores está cada vez mais fértil, não há limites para tanta criatividade...
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Se formos trazer as letras das músicas cantadas atualmente, precisaríamos de horas para analisá-las e descobrir inúmeras divergências reprovadas pelas Sagradas Escrituras (e olhe que eu nem falei da famosa "Faz um milagre em mim").

O que foi feito nesta postagem não foi o julgamento da fé de cada compositor, mas sim a análise daquilo que eles despejam para o público, para os crentes e para a igreja.

Nós, como aplicados cristãos que somos, analisamos conforme a Santa Palavra, independentemente se os fãs dos grupos e cantores citados se rebelarem.

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