BBB É A MAIOR EXPRESSÃO DA SUBCULTURA MIDIÁTICA BRASILEIRA, MAS PODE SER QUE TENHA PRESTADO UM PEQUENO SERVIÇO DESSA VEZ
Imagem: Frederico Rozario/ TV Globo

Entretanto, essa noite, a ditadura da subcultura homossexual sofreu mais um terrível golpe e revelou algo já comprovado por várias pesquisas realizadas no país: o Brasil não é gay! Há pouco mais de um ano, o jornal carioca O Globo, em sua edição de 8 de fevereiro, divulgou uma pesquisa realizada pela Fundação Perseu Abramo em parceria com a Fundação Rosa Luxemburg, dando conta que 99% da população não aceita o homossexualismo como um comportamento normal. Em um microcosmo de 2014 pessoas, a pesquisa conseguiu comprovar sociologicamente que a visão de mundo brasileira, apesar das grandes concessões morais, ainda é de normalidade mediana, pois não se concebe uma relação entre pessoas do mesmo sexo como algo normal.
O reality show global que promove uma das maiores baixarias da televisão aberta brasileira, teve como campeão um participante que declaradamente não aceita o homossexualismo. Na edição da revista Veja do último dia 10, uma pequena reportagem intitulada “O estraga-prazeres”1, afirmou em seu subtítulo: “Estava tudo programado para a décima edição do Big Brother Brasil ser uma festa colorida (sic). Mais eis que o machão Marcelo Dourado botou fogo na casa”.2 Um trecho da matéria diz que uma “parcela do público [acha que] Dourado é um monstro”:
Com a escalação de um emo gay, uma drag Queen, uma lésbica e heterossexuais simpatizantes, a décima edição do BBB era destinada a ser uma celebração da “diversidade”, para usar a palavra em voga entre os politicamente corretos. Mas Dourado, de 37 anos (e que teve passagem apagada por uma versão anterior do BBB), estragou a festa. Militantes acusam-no de homofobia por declarações como a de que só os gays transmitiriam aids — que levou a Procuradoria da República em São Paulo a instaurar um inquérito contra a Globo. Há duas semanas, irritado com as fofocas da lésbica Morango, Dourado deu outra baixaria. Em meio a palavrões, vociferou que quebraria seus dedos e a despacharia para um hospital “se ela fosse homem”.3
É claro que sei que tudo pode não ter passado de um golpe de publicidade para fazer com que o vencedor do ano que vem seja um representante da comunidade GLBTS (Gays, lésbicas, bissexuais, transexuais e simpatizantes), provocando uma virada do jogo ao levar a opinião pública a fazer com que um homossexual vença a próxima edição. Assim, a edição encerrada há poucas horas, seria na realidade uma forma de panfletagem para demonstrar como é necessário acabar com a discriminação e com a “homofobia” no Brasil. Portanto, nada de comemorar, vamos ficar de olhos bem abertos (não para assistir as baixarias da TV, mas de olho no Congresso Nacional, pois do jeito que a coisa vai o 1% pode ter privilégios inimagináveis sobre os 99%).
A única coisa que quis dizer acima, em termos bem claros e diretos, é que o ganhador já estava previamente definido. O público apenas — corroborando com a tese behaviorista — respondeu ao estímulo desejado pelos produtores da baixaria televisionada. Mas é possível que o contrário seja verdade e o tiro tenha saído pela culatra? Sim, ainda que improvável é possível também. Segundo a mesma matéria da revista Veja, o comportamento discriminador de Dourado deveria ter provocado uma reação negativa no público (isso se a maioria fosse realmente gay). Com a experiência de edições anteriores, o próprio diretor do BBB, Boninho, declarou: “‘O Brasil teria de mudar para que alguém que não seja pobre ou bonzinho triunfe no BBB’”. A despeito do raciocínio do diretor, o texto diz o seguinte:
Essa percepção, no entanto, foi posta em xeque. Dourado bateu a lésbica num paredão com recorde de 77 milhões de votos. Na semana passada, a marca voltou a ser rompida: numa eleição de 92 milhões, ele venceu a namoradinha de seu maior desafeto, o modelo Eliéser. [1] Ao que tudo indica, sua santificação não decorre de uma inclinação do público contra as minorias, e sim o oposto disso. [2] Há a sensação de que ele está sofrendo uma discriminação às avessas — uma espécie de “heterofobia”. [3] É patente que a franca maioria na casa preferiria vê-lo pelas costas. [4] Dourado se beneficia ainda da falta de outras figuras masculinas fortes. [5] Seu contraponto, o também fortão Cadu, é fofo demais para ser macho alfa.4
Observe atentamente as cinco últimas frases do período acima e pense um pouco acerca da manipulação. No raciocínio do jornalista que assina a matéria, o público teria votado no cidadão pelo fato de ser solidário com a discriminação que ele sofreu (por ser heterossexual) durante o período de confinamento! Em meio a um microcosmo colorido, o único “discriminador” recebeu solidariedade da população. Dessa forma, os 99% seria classificado como “simpatizantes” da homossexualidade. Bem, este é o desejo da ditadura oligárquica, mas a verdade é outra e pode ser que a décima edição do mais fútil dos programas da televisão aberta tenha corroborado com a tese de que, definitivamente, o Brasil não é gay. Motivos para comemorar? O tempo dirá.
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