O norte magnético, que é o lugar para onde as agulhas das bússolas realmente apontam, está próximo, mas não exatamente no mesmo lugar do Polo Norte geográfico. Neste momento, o norte magnético está próximo à ilha canadense Ellesmere. Por séculos, navegadores usam o norte magnético para se orientar quando estão distantes de pontos de referência reconhecíveis. Embora os sistemas de posicionamento global tenham em grande parte substituído essas técnicas tradicionais, muitos ainda consideram as bússolas úteis para se orientar sob a água ou no subterrâneo, onde não há sinal dos satélites de GPS.
O polo norte magnético se deslocou muito pouco desde a época em que os cientistas o localizaram pela primeira vez em 1831. Depois, em 1904, o polo começou a avançar rumo ao nordeste num ritmo constante de 15 km por ano. Em 1989, ele acelerou novamente, e em 2007 cientistas confirmaram que o polo está agora galopando em direção à Sibéria a um ritmo de 55 a 60 km por ano. Um deslocamento rápido do polo magnético significa que mapas do campo magnético devem ser atualizados com mais frequência para que usuários de bússola façam os ajustes cruciais do norte magnético para o verdadeiro Norte.
O Polo Itinerante Geólogos acreditam que a Terra tem um campo magnético porque o núcleo é formado por um centro de ferro sólido cercado por metal líquido em rápida rotação. Isso cria um "dínamo" que comanda nosso campo magnético. Os cientistas suspeitam há muito tempo que, como o núcleo fundido está em constante movimento, mudanças em seu magnetismo podem estar afetando a localização na superfície do norte magnético.
Embora a nova pesquisa pareça sustentar essa ideia, Chulliat não pode afirmar que o polo norte vai um dia mudar para a Rússia. "É muito difícil prever", disse Chulliat. Além disso, ninguém sabe quando e onde outra mudança no núcleo poderá se manifestar, fazendo o norte magnético se mover rumo a uma nova direção. Chulliat apresentou seu trabalho em um encontro da União Geofísica Americana, em São Francisco.
Fonte: Terra
NOTA: Essas mudanças globais, inclusive da percepção do quanto somos (seres humanos) frágeis, têm contribuído para que o homem repense seu papel no planeta e o que tem feito com o mesmo.
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