Faça sua busca aqui.

Romanos 10.14...
"... Como pois invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram falar? e como ouvirão, se não há quem pregue?..."

26 de jan. de 2010

LIÇÃO 05 – TESOURO EM VASOS DE BARRO


Igreja Evangélica Assembléia de Deus – Recife / PE
Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais
Pastor Presidente: Ailton José Alves
Av. Cruz Cabugá, 29 – Santo Amaro – CEP. 50040 – 000 Fone: 3084 1524
LIÇÃO 05 – TESOURO EM VASOS DE BARRO
INTRODUÇÃO
Nesta lição o apóstolo Paulo utiliza a figura do vaso de barro e do tesouro contido nele, para ensinar ao crentes de coríntios, sobretudo, aos falsos mestres, de que as acusações levantadas contra o apóstolo de procurar exaltar-se e pregar a si mesmo eram infundadas .Com essa informação, procurava apresentar ao crentes daquela igreja, que no exercício ministerial da propagação do evangelho, a glória e a excelência não é do pregador (pois o mesmo é apenas um vaso frágil), mas de Deus. Com isso mostrava a igreja que sua mensagem não era produto de sua construção intelectual, visando sua auto-promoção como fazia os sofistas, mas oriundo do próprio Deus que era responsável pela operação e manifestação de sua vontade. Somos vasos usados por Deus para proclamar as Boas Novas. “Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós.” (II Cor 4:7) Apesar da fragilidade do homem e de suas limitações, Deus utiliza-se do homem para cumprir os seus propósitos na sua vida (Jr 18:4; Sl 31:12).


I – CONCEITOS

VASO – Deriva-se do grego “ Skeuos”, e esta palavra é usada para descrever “recipientes” dos mais variados tipos usados para armazenamento e transporte. (Mc 11:16; Lc 8:16; Jo 19:29).

1.1- NO ANTIGO TESTAMENTO

Tais recipientes eram feitos de madeira (Lv 11:32), barro ou cobre (Lv 6:28). Podem eram usados para guardar documentos (Jr 32:14), vinho, azeite, frutas (Jr 40:10), comida (Ez 4:9), bebida (Rt 2:9) ou pão (I Sm 9:7). Até alforje de pastor (ISm 17:40). Em I Sm 17:22, a palavra é empregada para aludir a bagagem ou “ recipientes” e o que está dentro deles : “ E Davi deixou a carga que trouxera na mão do guarda da bagagem”. Os marinheiros do navio no qual Jonas viajara “ laçavam no mar as fazendas ( carga) que estavam no navio, para aliviarem do seu peso” (Jn 1:5)

1.2- NO NOVO TESTAMENTO

O vaso no Novo Testamento é definido como:

· “Vaso ou utensilio” de vários tipos ( At 10:11,16; 11:5; 27:17) · Os “ bens ou apetrechos domésticos” (Mt 12:29; Mc 3:27; Lc 17:31) · “Pessoas” : O termo é utilizado também de maneira metafórica para designar “pessoas” a serviço de Deus ( At 9:15, “ vaso escolhido”; II Tm 2:21; “ vaso” ( para honra); os sujeitos a ira divina (Rm 9:22); os “sujeitos” da misericórdia divina ( Rm 9:23) ; a estrutura humana ( II Co 4:7); marido e mulher (I Pe 3:7); A esposa, provavelmente, em I Ts 4:4; ainda que a exortação para um “ possuir o seu vaso em santificação e honra” seja considerada por uns como referindo-se ao corpo do crente ( Rm 6:13; I Co 9:27)

II – PAULO APRESENTA O CONTEÚDO DOS VASOS DE BARRO

Paulo compara o homem a um vaso de barro: “ Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós.” ( II Co 4:7), provavelmente aludindo ao trecho de Gn 2:7, onde está escrito que o homem veio do pó da terra. Em II Cor 4:7, ele mostra que neste vaso é depositado um tesouro, que se refere as promessas do evangelho, tesouro que tem um valor supremo e traz consigo o seu próprio resplendor, que foi confiado por Deus a seres humanos frágeis e imperfeitos. Em suma, o que o apóstolos queria transmitir é que o enfoque não estava no vaso perecível, mas em seu conteúdo de valor inestimável – no poder de Deus que habita em nós.

III – PAULO EXPÕE A FRAGILIDADE DOS VASOS DE BARRO

Vasos de barro quebravam-se com facilidade. Seu material de fabrico, era comumente encontrado na Palestina. Geralmente, tinham pouco valor para as donas de casa, e não ficavam expostos, como os vasos de metal, que eram mais valiosos, duráveis e bonitos. Paulo compara os crentes como vasos de barro, uns para honra e outros para desonra. (II Tm 2:20) · A importância de ser um vaso - O vaso em si tem pouco valor, mas o conteúdo do vaso é precioso para ser desprezado. Deus escolhe “ recipientes” tão simples e frágil para depósito de algo celeste: a excelência do poder é de Deus, e não nossa ( Hb 9:21; Ap 2:27). Paulo é dominado pelo contraste entre o valor insondável e duradouro deste “tesouro do evangelho” e a indignidade humana (vasos de barro) daqueles que agora levam-no ao mundo. Deus escolheu trazer o Evangelho ao mundo através da fraqueza humana, para que a grandeza extraordinária de seu poder de salvação possa ser vista como sua obra, e não como uma ação humana” (At 9:15). A metáfora do vaso de barro, utilizada por Paulo, nos traz algumas lições:

· O VASO DE BARRRO

3.1.2 - Fragilidade – Qualidade de frágil, fácil de se romper ou se quebrar. O oleiro refazia o vaso quando estava quebrado para se utilizado conforme a necessidade. Da mesma forma Deus molda a vida do crente para transformá-los em vasos valiosos. (Jr. 18:6)

3.1.3- Utilidade – Serve para guardar e ser útil (Êx 7:19, 25: 39; Lv 11:34; I Rs 15:15). No antigo Oriente médio os vasos de barro eram encontrados nos lares daquela região para serem armazenados : alimentos, azeite, água e outros produtos. (II Cr 36:18). Como vasos de barro, somos moldados para sermos úteis na mão do oleiro (Jr 18:1-6).

3.1.4- No seu interior está um tesouro – Dentro deste interior deposita um “tesouro” do grego “ thesauros” lugar de guardamento seguro, ( Mt 6:19-21; 13:44; Lc 12:33-34; Hb 11:26), armazém, depósito (Mt. 13:52) no seu interior é depositado riquezas. Somos vasos frágeis, mas em nós reside o tesouro maior, a presença de Deus.

· INSTRUMENTO ESPIRITUAL

3.1.5 - Superação de sofrimentos – Sofrimento do grego “ pathema” é traduzido por aflições em ( II Tm 3:11; Hb 10:32; I Pe 5:9) Vem as dificuldades, porém ele resiste ao sofrimento, perseguições e angústias. No sentido de “suportar sofrimentos” do grego “anechõ”, tolerar, suportar, ser paciente, “sofrer” do grego “paschõ” é usado acerca do sofrimento de Jesus Cristo nas mãos do homens ( Mt 16:21; 17:12; I Pe 2:23). Somos vasos, levados ao forno das aflições para nos aperfeiçoar, levando-nos a experiências e maturidade mais profundas.

3.1.6 - Cheios do Espirito Santo – Ele deve sempre estar cheio do Espirito Santo para realizar a obra de Deus. (Ef. 5:18) Assim também como a vaso guardava azeite, assim também o crente deve estar cheio do Espírito Santo.

3.1.7 – O crente é conhecido pelo seus frutos – Ele é identificado pelos frutos. As obras e ações, “ fruto”, que é a expressão visível do poder que atua interior e invisivelmente, o caráter do “ fruto” sendo evidenciado pelo caráter do poder que o produz ( Mt 7:16; Gl 5:22)

IV – PAULO FALA DA GLORIFICAÇÃO FINAL DESSES VASOS DE BARRO

· Esperança - Paulo expõe a esperança que dominava o seu coração de anunciar a sua mensagem. Ele abrange todos os crentes em Cristo Jesus para a glorificação “ E temos, portanto, o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também, por isso também falamos. Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará também por Jesus, e nos apresentará convosco.” (II Co 4:13-14) Paulo sofreu as aflições por amor aos coríntios, na sua fraqueza ele era fortalecido pelo poder do Espirito Santo. “ Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente;” (II Co 4:16-17) O sofrimento não há de se comparar com a glorificação dos santos. ( Rm 8:18; Tg 5:11; I Pe 1:11; 2:21)

· Fé – A fé do apóstolo Paulo lhe permitia vislumbrar a recompensa aguardada nos céus (1 Cor 15:51-57; Fl 3:20,21) para a porque o Deus que ressuscitou Jesus dos mortos ressuscitará não só a ele e aos crentes coríntios, mas a todos os que crêem. Junto com Paulo e todos os santos apresentados por Jesus a Deus ( I Ts 4:14-18) O seu combate pelo Evangelho era determinado pela fé (II Tm 4:7)

CONCLUSÃO

Podemos concluir nesta lição que o apóstolo Paulo a se comparar a um vaso de barro, nos mostra a grandeza de Deus em se deixar a conhecer à humanidade através de criaturas tão frágeis e imperfeitas. A própria condição mortal do homem é capaz de atestar que a grandeza, a glória e o poder vem de Deus. E que em face desse poder proceder de Deus, operando em vasos de barros (ministros do evangelho), é a autenticação de seu ofício e ministério. Como vasos de barro somos moldados pelo Senhor para realizarmos a sua obra, lembrando-nos que toda glória deve ser dada a Ele:“Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós.” (II Cor 4:7)

REFERÊNCIAS
· Bíblia de Estudo Pentecostal. Donald C. Stamps. C.P.A.D. · 2 Coríntios, O Triunfo de um Homem de Deus Diante das Dificuldades. Hernandes Dias Lopes. HAGNOS. · II Coríntios, Introdução e Comentário. Colin Kruse. VIDA NOVA. · I e II Coríntios, Os Problemas da Igreja e Suas Soluções. Stanley M. Horton. C.P.A.D.

Nenhum comentário:

Postar um comentário