Os rótulos que os pastores recebiam antes e recebem hoje
É fato: as igrejas evangélicas no Brasil, nunca estiveram tão cheias de gente. Nunca estiveram também tão cheias de mentes carnais, tão cheias de falsos profetas, tão cheias de lobos, tão carentes de ensino da Palavra, tão deficientes e doentes. Deixou de ser um lugar para atender feridos e levá-los à cura (não falo de cura interior, falo de Salvação), para ser um depósito de doentes, deixando de ser fonte de alimento saudável para se tornar fornecedora de comida insípida.
Um dos retratos disso - desse "sucesso" como empreendimento comercial - é que no passado os ímpios olhavam para um pastor e o rotulavam de imbecil, pobre, sem estudo, fanático etc. Hoje, esses mesmos seres que odeiam a Deus, quando olham para um pastor, lhe imprimem outro rótulo: o de sem-vergonha, ladrão, mentiroso, inescrupuloso, entre outros menos simpáticos.O pastor de ontem, apesar de ser considerado parvo, era também visto como sincero, talvez pela ingenuidade a ele atribuída. O pastor, bispo, apóstolo ou patriarca de hoje é tido pelos não cristãos como um cara malandro que está ali para enriquecer. Se o pastor "das antigas" era considerado um fanático porque ameaçava todo mundo com o inferno, o de hoje é visto como um estelionatário que manipula pessoas para que lhe entreguem seu dinheiro.
O mundanismo encontrou na igreja evangélica contemporânea um fértil campo. Enquanto religiões como islamismo, hinduísmo, budismo e outros "ismos" lutam para manterem-se intactas à "evolução" secular, o cristianismo abriu às portas ao mundo e deseja avidamente pacificar as relações com este inimigo eterno.
Pastores se desdobram para manter no seio da congregação pessoas que nada querem com o evangelho senão os benefícios que ele "aparenta" proporcionar. E os que desejam buscar ao Senhor são os "retrógrados", "ultrapassados" e "reformados". Que pararam no tempo e espaço e não entenderam a "nova visão" que Deus deu à igreja.
O mais impressionante é que são os carnais que ditam as regras na igreja contemporânea. São os menos capacitados, os cegos e surdos, os que mais odeiam a verdade do evangelho. Esses são os que decidem o que deve ou não ser servido no cardápio de domingo.
O apóstolo Paulo escreveu que em nada ele se gloriava senão na cruz, pois ele fora crucificado para o mundo nela. A cruz havia sido o limiar de sua separação com o mundo (Gl 6.14). A nova "classe de crente" deseja não se separar do mundo, mas incorporá-lo à igreja.
Abandonou-se a pregação da cruz, abandonou-se os ensinos apostólicos da igreja primitiva e adotou-se os "ensinos" apostólicos (?) contemporâneos, segundo os quais Deus existe para servir ao homem, e não o contrário; nos quais a cruz é símbolo amigável, um pingente, uma tatuagem, um slogan... Tudo, menos a minha morte para o mundo.
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