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Romanos 10.14...
"... Como pois invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram falar? e como ouvirão, se não há quem pregue?..."

5 de dez. de 2010

Os rótulos que os pastores recebiam antes e recebem hoje


É fato: as igrejas evangélicas no Brasil, nunca estiveram tão cheias de gente. Nunca estiveram também tão cheias de mentes carnais, tão cheias de falsos profetas, tão cheias de lobos, tão carentes de ensino da Palavra, tão deficientes e doentes. Deixou de ser um lugar para atender feridos e levá-los à cura (não falo de cura interior, falo de Salvação), para ser um depósito de doentes, deixando de ser fonte de alimento saudável para se tornar fornecedora de comida insípida.
Um dos retratos disso - desse "sucesso" como empreendimento comercial - é que no passado os ímpios olhavam para um pastor e o rotulavam de imbecil, pobre, sem estudo, fanático etc. Hoje, esses mesmos seres que odeiam a Deus, quando olham para um pastor, lhe imprimem outro rótulo: o de sem-vergonha, ladrão, mentiroso, inescrupuloso, entre outros menos simpáticos.

O pastor de ontem, apesar de ser considerado parvo, era também visto como sincero, talvez pela ingenuidade a ele atribuída. O pastor, bispo, apóstolo ou patriarca de hoje é tido pelos não cristãos como um cara malandro que está ali para enriquecer. Se o pastor "das antigas" era considerado um fanático porque ameaçava todo mundo com o inferno, o de hoje é visto como um estelionatário que manipula pessoas para que lhe entreguem seu dinheiro.


No que o esse evangelho melhorou? Qual foi o sucesso alcançado pelo evangelho contemporâneo? Para que tem servido o evangelho? Ou ainda, para quem ele tem servido?

A igreja, como congregação, e não como Igreja de Cristo, deixou, ou tem gradativamente e apressadamente deixado de ser um lugar de comunhão de santos, eleitos e com uma verdadeira aliança com Deus, para ser o lugar de ajuntamento de pessoas carnais, comprometidas apenas com seu próprio umbigo e que apresentam apenas um conceito positivo em relação a Deus. Afinal, "Ele é o camarada que pode me dar aquilo que desejo".

O mundanismo encontrou na igreja evangélica contemporânea um fértil campo. Enquanto religiões como islamismo, hinduísmo, budismo e outros "ismos" lutam para manterem-se intactas à "evolução" secular, o cristianismo abriu às portas ao mundo e deseja avidamente pacificar as relações com este inimigo eterno.


Creio que este meu último parágrafo será pano para que se costurem todo tipo de manga indesejada pelos de mente cauterizada, então o explico. Quando digo que o mundo não presta, não me refiro à criação de Deus, ainda que esta tenha se tornado inútil, e, na esperança daquele que a sujeitou, esteja aguardando ser liberta da corrupção (Rm 8.20-21). Refiro-me ao pecado que abundou onde a graça não superabundou, a saber, naqueles que permanecem afastados de Deus por não terem sido crucificados com Cristo e, portanto, permanecem mortos em seus próprios pecados.

Pois bem, a congregação tornou-se um lar de homens que não desejam cultuar a Deus, não desejam ter um compromisso com Ele e alimentam verdadeira ojeriza à vergonha da Cruz. Assim, os que deviam estar sendo alimentados na igreja, os que lavaram as vestes no Sangue do Cordeiro são obrigados a compartilhar e a suportar a "lavagem" que os carnais tanto desejam comer, pois parece que a igreja é para estes e não para aqueles.

Pastores se desdobram para manter no seio da congregação pessoas que nada querem com o evangelho senão os benefícios que ele "aparenta" proporcionar. E os que desejam buscar ao Senhor são os "retrógrados", "ultrapassados" e "reformados". Que pararam no tempo e espaço e não entenderam a "nova visão" que Deus deu à igreja.

O mais impressionante é que são os carnais que ditam as regras na igreja contemporânea. São os menos capacitados, os cegos e surdos, os que mais odeiam a verdade do evangelho. Esses são os que decidem o que deve ou não ser servido no cardápio de domingo.

Não penso em uma igreja tecnologicamente ultrapassada (ainda que não tenha nenhuma objeção às que assim são). Não estou dizendo que não se pode tocar guitarra na igreja ou que devíamos banir alguns benefícios da ciência de nossos cultos, como os projetores de vídeo ou microfones, por exemplo. Não sou um imbecil. Não desejo viver uma utopia. Refiro-me à Verdade. Refiro-me à Doutrina Cristã.

O cerne da questão é: Devemos comprometer o evangelho da Cruz em prol de alguns que não a desejam, sejam eles milhares e milhares ou apenas meia dúzia?

O apóstolo Paulo escreveu que em nada ele se gloriava senão na cruz, pois ele fora crucificado para o mundo nela. A cruz havia sido o limiar de sua separação com o mundo (Gl 6.14). A nova "classe de crente" deseja não se separar do mundo, mas incorporá-lo à igreja.


Abandonou-se a pregação da cruz, abandonou-se os ensinos apostólicos da igreja primitiva e adotou-se os "ensinos" apostólicos (?) contemporâneos, segundo os quais Deus existe para servir ao homem, e não o contrário; nos quais a cruz é símbolo amigável, um pingente, uma tatuagem, um slogan... Tudo, menos a minha morte para o mundo.

Estamos em guerra contra dominadores de um mundo tenebroso, e não me refiro aos diabinhos de Frank Peretti, refiro-me à secularização da igreja, ao pragmatismo, à pregação pós-moderna, ao marketing gospel e ao comprometimento com o homem. Verdadeiras potestades e principados que parecem anjos de luz.

O mundo não deseja ser amigo de Deus, e Deus o tem como inimigo, ele e todos os que desejam ser seus amigos. Então, do lado de quem você vai ficar?

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