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Romanos 10.14...
"... Como pois invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram falar? e como ouvirão, se não há quem pregue?..."

3 de dez. de 2009

Autoajuda 5 x 0 Ajuda do Alto

Esse seria o placar do imaginário jogo da pregação evangélica se considerássemos que cinco em cada cinco (ou seja, todos) preletores dos congressos evangélicos mais conhecidos do Brasil — os que reúnem a maior quantidade de pessoas — priorizam as mensagens de autoajuda, em detrimento das de Ajuda do Alto. E a matéria de capa da revista Veja desta semana mostra que os animadores de auditório estão realmente no caminho certo, pelo menos no que tange às preferências do mundo. O que a matéria da Veja revela, mesmo sem levar em conta as verdades bíblicas, é que o homem natural, que não tem o Espírito Santo nem a mente de Cristo (1 Co 2.14-16), satisfaz-se com ideias e palavras triunfalistas e acredita que elas podem, de fato, mudar a sua vida. E o pior: considerando que os cristãos, dentro das igrejas, estão se satisfazendo com essa modalidade de massagem (quer dizer, mensagem), pergunto: Que tipo de cristãos são esses, que preferem a autoajuda à Ajuda do Alto? Quanto aos pregadores (ou animadores de plateia) que desejam agradar os homens, valendo-se de palavras que massageiem os egos, a fim de serem bem tratados, admirados e bem recompen$ado$, parabéns! Mas tenho certeza de que os poucos pregadores da Ajuda do Alto não estão alegres com a descoberta da revista Veja, de que a autoajuda está em alta. Eles sabem que isso, em parte, é o cumprimento de 2 Timóteo 4.3: “virá tempo em que não sofrerão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão doutores conforme as suas próprias concupiscências”. Mas é possível que algum pregador jovem não saiba ainda qual é a diferença entre mensagens de autoajuda e de Ajuda do Alto. E pergunte: “O que significa ser um pregador de autoajuda?” Na verdade, há muitos jovens pregadores (e também pregadores mirins, conhecidos como gideoezinhos) que estão começando errado. Assistem aos vídeos de seus pregadores-modelos (na verdade, animadores-modelos), assimilam os seus trejeitos (Ei, escute! Levante a mão, levante a mão! Psiu! Olhe pro seu irmão...) e decoram as suas frases de efeito (isto é, bordões de autoajuda berrados ao microfone, acompanhados de línguas estranhas decoradas, e não produzidas genuína e sobrenaturalmente pelo Espírito), sem atentar para o fato de que não estão, verdadeiramente, pregando o evangelho de Cristo. Quer saber se você prega ou aprecia a falaciosa autoajuda “evangélica”? As mensagens de autoajuda são, mais ou menos, assim: “Estou aqui para dizer que os seus sonhos não morreram! Você é vencedor! Não desista dos seus sonhos! Mas não peça a Deus para matar os seus inimigos. Peça para Ele mantê-los vivos, a fim de que vejam a sua vitória! Você pode estar sofrendo agora, mas a sua vitória terá sabor de mel! Seus inimigos vão estar entre a plateia, e você no palco! Sonhador não morre! Hoje, Deus muda a sua história! No fim do ano, você estará com o copo de refrigerante na mão comerando a derrota dos seus inimigos...” E a mensagem de Ajuda do Alto, como é? Ela é muito diferente da de autoajuda! Ela apresenta o Senhor Jesus e enfatiza a sua obra, estimulando os ouvintes a glorificá-lo pelos seus feitos poderosos. Ela é cristocêntrica (Cristo é o centro), e não antropocêntrica (o ser humano é o centro). É como a primeira pregação pentecostal, que começou com “A Jesus Nazareno” e terminou com “Senhor e Cristo” (At 2.22-36). Ela não começou com “Hoje tem milagre para você” e terminou com “Você é vencedor”. A autoajuda diz: Você, você e você! A Ajuda do Alto assevera: Cristo, Cristo e Cristo! A autoajuda massageia os egos, mas pregadores verdadeiramente chamados por Deus não fazem massagem. Entregam a mensagem! Sim, a mensagem de Ajuda do Alto! Daí Paulo — este sim um pregador-modelo — ter dito ao jovem Timóteo: “Conjuro-te... que pregues a palavra [a Ajuda do Alto], instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina” (2 Tm 4.2).

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